Estação de Pinhal no inicio do seculo XX Cia. Mogiana de Estradas de Ferro 1889-1060 (autor desconhecido) www.estacoesferroviarias.com.br/p/pinhal.htm |
No início de
2020, quando escrevia sobre a comunidade judaica da
Alsacia-Lorena, em São Paulo, Breno Lerner, na página “Mundo Judaico”, no Facebook, indicou a sra. Malu Toledo: "A Malu é descendente de judeus alsacianos". Sra. Malu e eu pudemos conversar, tanto através do Messenger, como pessoalmente. Comentou que ficou bem feliz em escutar notícias de judeus alsacianos: “Nasci em Pinhal, mas
moro em são Paulo. Tenho um bisavô Jacob Worms, que veio da Lorraine, na metade
do século XIX, em 1852. Sempre tive muita curiosidade sobre ele, e já fiz
muitas pesquisas, pois temos informações orais de família. O que sei é que meu
bisavô veio trazido por um tio, que comercializava pedras preciosas. Ele era de
Tragny, região de Metz. Veio com um primo da família Baccarat, família que
tiveram muitos contatos. A lenda diz que andava pelo interior como mascate com
um escravo. Certa vez ficou doente, foi cuidado por uns indígenas, e se
apaixonou pela filha do cacique. Queria se casar com ela e o cacique perguntou
se ele tinha moradia. Ele voltou para Espírito Santo do Pinhal, e fez a
primeira moradia urbana da cidade, onde foi uma figura de bastante proeminência.
Meu avô Jacob Worms Júnior se casou com
minha avó Ursulina Tavares Worms, de antiga família brasileira. Meu avô foi
prefeito de Pinhal e Grão Mestre da Maçonaria. Era primo dos judeus da casa
Worms, e um tio meu, Olavo Worms, era vem amigo de Michel, um dos donos da Casa
Worms. Como fiz várias pesquisas, tenho leis que foram feitas por meu avô em
Espírito Santo do Pinhal. Atualmente encontrei um primo neto, filho de Leonor, uma
irmã de meu avô. Ele se chama Paulo Alves de Lima, e fui eu quem passou várias
pesquisas para ele. Acho esta história muito interessante, pois são raízes do
povo brasileiro. A maior coincidência é que meu amigo Breno Lerner tem
um avô que foi rabino em Pinhal. Sobre este detalhe, Breno Lerner escreveu que o avô materno, Maurício Rosenblit, nasceu em 1901, filho
de Golda e Isaac Roizenblit. Era da cidade de Britchve, Bessarabia e
veio ao Brasil solteiro, em 1922, tendo morado em Pinhal. O avô paterno
era Nathan Lerner e morava em Catanduva, “onde tentou fazer uma sinagoga no pátio
da casa, mas quase nunca funcionou por falta de mínima. Durou pouquíssimo tempo...”
Francisco Gioney Marques Rodrigues, há
um tempo também, contou que a sra. Mina Karpovas é nascida em Limeira, sobrinha do Sr Bernardo Rosenthal, irmão
da sra. Hia Rosenthal Spielberg, e casada com o sr. Aron Spielberg, da Romênia:
“Construíram uma história muito bonita aqui no Brasil”. Sra. Mina Karpovas escreveu: “Meu tio se chamava Bernardo Rosenthal. Ele e minha mãe vieram
da Bessarábia, e se estabeleceram em Limeira, onde eu nasci. Havia lá uma
sinagoga que chamávamos de “Shill”, e que nas grandes festas reunia as famílias
judias de Limeira e das cidades vizinhas como Americana, Rio Claro e Piracicaba.
Morei em Limeira até 1962, quando eu e meus pais nos mudamos para São Paulo.
Atualmente o Shill não existe mais...” Francisco
Gioney Marques Rodrigues completou: “Vale ressaltar que foram
homenageados com nomes de ruas em Limeira também!! Tudo
a ver com a matéria que marquei a senhora esse seu relato. No terceiro momento que vieram pra São Paulo o Sr Aron estabeleceu o
comércio no Cambuci e frequentavam as festas na Sinagoga do Cambuci, era isso?”
Debora Sitnik contou
que a mãe de Cassio
Posvolsky (que é irmã do pai, já falecido) moraram em Pompeia
e Tupã. A família do Boris Sitnik viveu em Garça. E “a da minha mãe, em Marília e Bauru...” Já Eli
Roisman nasceu em Limeira, em 1959... o pai era gaúcho e a
mãe de São Paulo
No Facebook,
em Thora, Judaismo e Sionismo, há um tempo, Mikhael Y. Ben David relatou sua
história: “Minha avó materna é da Letônia e meu Avô
da Lituânia. Minha avó chegou no Brasil com dez anos de idade, ela e
minhas tias e tios viveram em regime de quase escravidão em uma fazenda na
região de Ribeirão Preto. Fugiram para a vila Zelina em São Paulo. O meu avô era ateu, e minha avó só descobriu sua ascendência
na Vila Zelina, por outros imigrantes que vieram no mesmo navio que ela. O meu
bisavô materno, forçado a servir o exército vermelho com a ocupação soviética
dos países bálticos, e com medo da guerra e da perseguição antissemita
europeia, os enviou para Brasil como "Novos-Cristão", pois eram 7
filhas. Só uma tia-avó minha que se
casou com um judeu, e depois se reconverteu digamos assim ... o resto da
família acabou aderindo a cultura religiosa brasileira. Minha avó era de Riga...”
Pinto Villela Luiz Seria solicitou mais detalhes: “muito enriquecedor saber de outras
famílias, no Vale do Paraíba, do Ribeira...” Vânia Ejzenberg citou
sua família: “Família Guinsburg, em Taubate. Minha mãe está no Face, Rosa Guinsburg, e sabe bastante sobre a
comunidade judaica no Vale do Paraíba...
Vamos divulgar e buscar preservar nosso rico patrimônio histórico e cultural, seja ele material ou imaterial? Compartilhem lembranças, enviem fatos, fotos, documentos, lembranças. Vamos participar deste estudo que realizo, assim como do levantamento arquitetônico e artístico das sinagogas, seus objetos e mobiliário, a fim de preservar, revitalizar e reutilizar estas edificações?! Escrevam para myrirs@hotmail.com ou deixem seus comentários aqui no Blog...
Olá. Existe alguma sinagoga em funcionamento em sorocaba ?
ResponderExcluirBom dia. O edificio antigo está desativado, porém a comunidade judaica reúne-se em um espaço. Dê uma olhada em https://artejudaicasaopaulo.blogspot.com/2020/04/uma-conversa-com-vanderlei-martinez.html
ResponderExcluirSou prima do Paulo Alves de Lima Filho. Ele é filho da única irmã do meu pai. ELa adotou o sobrenome do marido.
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