quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Sinagoga(Synagogue) Israelita do Brás-The Bezalel Narkiss Index of Jewish Art


The following information about the Sinagoga (Synagogue) Israelita do Brás of São Paulo, Brazil, was researched by Myriam Rosenblit Szwarcbart and has been sent to “The Bezalel Narkiss Index of Jewish Art- Center for Jewish Art- The Hebrew University of Jerusalem

District: Brás- São Paulo- Brazil 
Founded: 1925
“Escola Israelita Brasileira Luiz Fleitlich”, Brazilian Jewish school in the district of Brás, and linked to the Synagogue - Inauguration: 1937 and closing: 1972

Description of the building:
The building of this synagogue resembles several others from the same period, in São Paulo. The entrance to the building, with white walls and vertical stripes in blue inserts, is possible through two side gates. Two lateral and external staircases, also in blue color, are the access to the male sector. This synagogue was adorned with the symbols of the zodiac or Mazalót, a common artistic theme to several synagogues in Poland. This painting was done by a Polish Jewish artist, who returned to Poland before World War II. There was a hall at the back of this synagogue. This hall was used at the time the synagogue was being renovated and painted, more than 25 years ago. 

On the first floor there is an outside area and an anteroom with plaques of honor from the opening of the synagogue. This is the access to the inner space of the synagogue, the male sector. Through another flight of stairs, you reach the women's sector, which has a short wall that allows visibility to the male sector. The men's area is composed of a central corridor, and wooden benches on the sides. These benches have spaces for storing prayer books such as Sidurim and Machzorim. Each bank has a small nameplate. At the end of the corridor is the Bimá, in a high floor, and Aron Hakodesh. 

Windows are located on one side and at the back of the building, and have translucent glass, some in shades of blue. The front windows correspond almost to the women's floor, and in those, there is a "drawing" in a format that resembles the "Asseret Hadibrót". The doors in wood and straight or arched, were also painted in blue.

Current state:
The building is conserved and the synagogue maintains the prayers of “Shacharit Shabbat”. It was not possible to retrieve the Mazalót paintings from the ceiling, and those were lost. However, the paintings of the Mazalóts on the side walls were recovered and preserved. 

The "Sinagoga (Synagogue) Israelita do Brás", which can still be seen today, is an example of the art present in the synagogues: the mazalot paintings and the candelabra in the Bimá (with Maguen David on its sides), the details of the wooden benches, the "Ner Tamid", the “parochet” that covers the Aron Hakodesh, the Menorót that flanks it and the Torót kept with care. We also note the plaques that identify the board and fiscal council that built this synagogue. On the first floor there is an outside area, currently covered with plastic.

The photos of the Synagogue described here were forwarded to the Bezalel Narkiss Center of Jewish Art: (This image belongs to the documentation project of Myriam Szwarcbart).

Mazalót paintings: There are paintings of Mazalót / zodiac in the short walls from the women’s sector. Despite the same theme, the art is not similar to the "Sinagoga (Synagogue) Centro Israelita do Cambuci". These paintings were preserved and maintained, as we can see in the photos. However, it was not possible to preserve the paintings that were in the ceiling

Bimá, on high floor, in wood; Menorót; Entrance doors; Women's sector; Aron Hakodesh...

Wooden benches, with a small niches for sidurim, each bank has a small identification plate of the former goers; Front of the; synagogue building; Paróchet; Windows, located on one side of the building and at the back of the building, translucent, some in shades of blue

The Bezalel Narkiss Index of Jewish Art- Center for Jewish Art- The Hebrew University of Jerusalem
http://cja.huji.ac.il/search.php?mode=search&submited=submited&query=bras&area=all&cat=all&scope=3

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Confraria do Shabat, amigos se encontrando... na Sinagoga Israelita Paulista



“Confraria do Shabat, amigos se encontrando para comemorar o melhor dia da semana!!!!” Assim começou o aviso, divulgado pelo Rabino Ivo Kauffman no Facebook, e relacionado ao Shabat de 23 e 24 de fevereiro de 2018, com Kidush completo e Tchulent.

Vários participantes comentaram esta chamada. Entre eles, Leo Kauffman 
Gisela Bernete Sztulman, Daniela Lemos Oliveira e Marcelo Voloch, que lembrou: “Shabat Zachor! Um Shabes especial! Não perca a oportunidade de cumprir esta Mitzvá! Não perca também o Tchulentnt!!! (Nem a famosa caipirinha!!!)”.


Katy Voloch escreveu, a partir do comentário de Marcelo, que frequentou muito a Sinagoga, é húngara e tem muitas lembranças da Sinagoga. Uma vez ao mês passa o Shabat com filho e nora na Sinagoga. E comentou que encaminhou um e-mail, tempos atrás, com diversas informações. Aguardo o reenvio...


Cópia do projeto e Aron Hakodesh,
doado por Paulo Strausz,
avô de Roberto Strauss
Roberto Strauss também contou que frequentou a sinagoga dos húngaros por toda a infância: “Os Strauss ocupavam uma fileira inteira. Meus quatro avós eram húngaros e eu sou húngaro desde 2013. Meu avô materno era o Dr. Francisco Reiszfeld, ele não ia na sinagoga, mas era conhecido porque, como médico, atendia boa parte da comunidade húngara judaica. E ia jogar cartas no Clube das Perdizes. Estive na sinagoga sexta passada e fui muito bem recebido pelo Rabino Ivo. Tenho fotos dos parentes, mas não da sinagoga. E também uma cópia do projeto do Aron Hakodesh, que foi doado pelo meu tio avô Paulo Strausz...” Aqui compartilho as fotos enviadas por Roberto, tanto do projeto como do Aron Hakodesh em si. Susi Rubin lembra-se do avô de Roberto...

Por sua vez, Judith Korda Recanati escreveu: “Olá a todos ex- húngaros, minha irmã e filho frequentam a sinagoga dos húngaros, eu ia às vezes, aos 17 anos, mas mais na CIP...tenho cidadania e sou guia em Israel na língua portuguesa e húngara, me lembro que tinha um dentista húngaro e no Colégio Rio Branco, a Suzanna Tihanyi estudava comigo... Outros nomes Fodor, Futar... Fodor Tommy, Futar Eva...aonde estarão?” E Roberto avisa à sra. Judith que tem primos Fodor, a maioria em Israel:  Roni Fodor, Dana Shaban, Elca Swarcz, netos da tia avó Etus Strauss Fodor.

Fotos da familia de Sara Belz
Sara Goldman Belz, também participou dos comentários: “Sou filha de Ignácio Belz, húngaro (família morta no Holocausto da Hungria) e mãe polonesa. Meu pai chegou ao Brasil em 1932, e casou-se com minha mãe, polonesa, Gela Belz (Mandel de solteira). Encaminho fotos da família de meu pai, uma foto de antes da Guerra (meu pai aparece na foto, pois fiz colagem). De pé, irmão que era Diretor do Banco nacional de Budapeste (sobreviveu)...sentados: irmão, mãe do meu pai, irmã, pai do meu pai (Chaim Belz-Rabino e Chazan), irmã do meu pai (sobreviveu)...a minha cara... Um irmão esgrimista, irmã caçula pianista ...maridos, esposas e filhos mortos no Holocausto. E também a família de meu avô, Rabino e Chazan. Soube que um irmão e uma irmã sobreviveram... André Goldman esteve na maior Sinagoga da Hungria, em Budapeste, mas não conseguiu notícias. Claudio Goldman, meu filho é cantor e Chazan...”

André Leibl, infelizmente, não tem nenhuma lembrança a contar, mas avisou que seu nome consta de uma das atas da SIP, quando sr. Kovari tomou posse como presidente pela primeira vez, há um tempo atrás...

É importante resgatarmos nossa história, memórias... e como muitos comentam, revermos, quando possível, as sinagogas que frequentávamos e voltarmos a participar das atividades e Shabatót destas...

Quem sabe, poderemos organizar uma visita à Sinagoga Israelita Paulista para cada um fotografa-la, desenha-la, conhece-la e contar um pouco mais sobre sua história?! Roberto Strauss pretende participar...E você, gostaria de visitá-la? Encaminhe-me um e-mail para myrirs@hotmail.com

Vamos ver com o Rabino Ivo Kauffman se poderemos agendar visitas para o próximo domingo...

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Sinagoga Centro Israelita do Cambuci-The Bezalel Narkiss Index of Jewish Art

-Sinagoga Centro Israelita do Cambuci and The Bezalel Narkiss Index of Jewish Art- The Center for Jewish Art- The hebrew University of Jerusalem (http://cja.huji.ac.il/browser.php?mode=set&id=30572) -District: Cambuci- São Paulo - Brazil -Location: Rua Teixeira Mendes, 54.  -Foundation: 1941 -Project of the engineer Leo Bonfim Dei Vegni Neri, and responsible for the construction David Biase. The synagogue projects in the first half of the twentieth century in Sao Paulo reflected the architectural party present in the communities of origin of the immigrants who built them, that is, Eastern Europe.
-Description of the building: The building has a hall for kidush on the ground floor. Two external side steps lead to the entrance to the synagogue, located on the first floor. On this floor, a double wooden door is the access to the male section. Rows of benches and respective supports for sidurim, with space to store them, border the central corridor (wooden floor). These wooden benches still retain the small identification plates of their former occupants. The women's sector is located on a higher floor, in the format of the old synagogues.
-Current situation: building is conserved and maintaining, as far as possible, its original characteristics. This synagogue was closed for 15 years, and reopened in June 2014. On a monthly basis, a group of volunteers from the "Chavurá Boker" group organizes a community Cabalat Shabbat that is aimed at the active participation of children.
-Maintainers in 2018: King Solomon Masonry- “Loja Maçonica Rei Salomão”
-The “Escola Israelita Brasileira do Cambuci” (School) was a neighbor of the Synagogue (until it merged with the I.L.Peretz School).  Comments on the photos:
-Paintings of the “Mazalót”(Zodiacs): In this synagogue, these signs are inserted in mural paintings, delimited by frames, along the whole "wall", blue, that serves as protection to the upper floor, or rather, "women's place". Each symbol corresponds to one month of the Jewish calendar
-Paintings of various other themes and constants in various synagogues are present in a profusion of colors: Kotel Hamaaravi, Mount Sinai, Burning Bush, Ten Commandments, Shofar, Torah Scrolls, Chandeliers, Kever Rachel, Maguen David
-Two lions next to the “Ten Commandments Tablets”, located on the Aron Hakodesh
-Bimá, on raised floor in wood, is surrounded by balusters, also in wood
-Minor silver candelabra
-Windows with Maguen David -Double wooden door at the entrance of the synagogue
-Women's sector -Aron Hacodesh -Bimá
-Wooden benches, detail with Maguen David, small cabinet for sidurim
-Small metal plaques with identification of former members and regulars -Synagogue building -Closet with sidurim and talitot
-Paróchet
-1941 plaque, the year of the founding of the synagogue, with the names of those who were part of the "Commission that built the Social Headquarters"

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Internet, redes sociais e a Sinagoga Israelita Paulista


Sinagoga Israelita Paulista, anos 1960
Fotos, memórias, histórias e detalhes relacionados com a Sinagoga Israelita Paulista têm sido compartilhados em entrevistas, por e-mail, em conversas e redes sociais, como o Facebook. Rabino Ivo Kauffman, atual rabino desta sinagoga, encaminhou-me por e-mail um arquivo com fotos dos anos 1960. Como comentou, este arquivo foi disponibilizado para o Centro de Memórias do Museu Judaico, na ocasião da “Exposição sobre os Chazanim” realizada na Hebraica, e da qual participei. 

Encontramos com sra. Judit Breuer, e seu filho Roberto, em 12 de fevereiro de 2018. Sra. Judith mostrou-nos o álbum do Bar-Mitzva de Roberto, livros com fotos das Sinagogas da Hungria, uma foto de seu pai junto a um grupo, ao ser enviado para o campo de trabalhos forçados. Sr. Judit comentou: “Trabalhei lá na sinagoga por 18 anos. Todos esquecemos de mencionar o Chazan de vários anos, sr. Arnold Heisz. Infelizmente eu não trabalhei muito tempo com ele. No ano 1977, ele rezou ainda Rosh Hashana, mas no Yom Kipur já estava muito doente. A esposa dele era uma pessoa fantástica, sra Julia. Ele era professor de Bar-Mitzvá do Dr.Fehér, que era presidente do Hospital Albert Einstein. Sr.Heisz permaneceu no hospital até falecer. Nós chegamos a visita-lo”. Sra. Judit avisou-me, ainda, que falou com sr.Tomas Kovari, presidente da sinagoga, que entrará em contato...

A partir da informação de sra. Judit, Paulo Valadares acrescentou: “Arnold Heisz, Avraham b. Asher (21/01/1904 - 10/01/1978), filho de Marton H. e Ester Rappaport. "Químico". E aqui compartilho novamente a correção quanto ao nome de Károly Jolesz, apontada por sra. Judit, e que Paulo Valadares indicou o detalhe: “Karoly Jolesz, Poroszlo, 04/10/1914, filho de Jozsef Jolesz e Etel Frank.”

Sra. Judit Miriam Neumann contou: “Minha mãe Z’L era húngara, esta sinagoga pertencia à comunidade húngara. Depois, o Beth Chabad, com o Rabino Shimon Brand, fizeram-se responsáveis. O sr. Samuel Klein Z’L doou uma Mikve super moderna. Passei vários anos os chaguim ali. Muitas saudades...”

Miriam Minakawa escreveu: “Meu Avô foi fundador desta sinagoga, a foto dele ficava pendurada na parede e gostaria de resgata-lá. Nome dele: Eugenio Klein. Frequentei esta sinagoga toda minha infância/ adolescência até virar Beit Chabad. Meus irmãos fizeram Bar Mitzva na SIP, mas infelizmente não tenho nada, minha mãe contava histórias, mas se foi em setembro passado”. E pergunta: “sabe aonde está o acervo?” Encaminhei as fotos dos presidentes/fundadores e Miriam afirmou que o avô está na foto: “é o primeiro da segunda coluna”. Sra. Judit Breuer lembra-se da família de Miriam: “Sua mãe era Agnes Zymann, gostava muito dela. Tudo de bom a você e toda família...” Miriam Minakawa agradece pelo carinho...

Susi Rubin, que cresceu nesta sinagoga, escreveu: “Meu pai frequentou, até falecer”. E indicou Roberto Denes; Pedro Denes; Anita Grostein, Estevão Klein, Katy Borger; Katy Loeb, Suzana Kaufman, Judith Korda Recanati; Judith Hegedush. Alguém de vocês possuem informações???

Sr. Oscar Gersztel lembrou: Tolnai foi pai de um bom amigo de nome Peter que emigrou para Israel e lá faleceu. Fizemos parte do Darkeinu, juntamente com Claudio Dascal, Rubens Gorski, Alexandre Fiks (filho de Henrique, um dos fundadores da Deca Metais) e muitos outros jovens à época....

Victor Calipo indicou Patricia Csapo. Patricia contou: “Não faço parte. O Victor me marcou por causa do meu avô, que era judeu húngaro, e frequentava a sinagoga da rua Dohany. Nossa descoberta das origens judaicas é relativamente recente!"

Sra. Monique Haber, descendente de húngaros, informou que fala húngaro e frequentou muito esta sinagoga. Porém, a maioria dos que frequentavam, e com quem íam, já faleceou. Pelo Messenger, Monique Haber contou que tem muitas lembranças da Sinagoga da Rua Augusta...e escreveu: "passei minha juventude e todas as festas lá, também nas quartas à noite íamos lá para bater papo e dançar, era muito bom."
Sra. Monique comentou a foto do post passado: “Eu fui neste casamento da Silvia e do Alexandre (s"uci)”. E marcou sra. Frida e sr. Roberto, pais de MarceloWeingarten, na foto.

Havia buscado contato com Inês Fenyves Sadalla, após ler um comentário em “Raio X da migração: os húngaros”, no Blog de Luis Nassif. Inês escreveu-me: “Bom dia Myriam! Meu avô, doutor Andrea Fenyves, era médico da colônia húngara em SP. Chegou ao Brasil em 1941. Era muito amigo do dr. Feher. Tenho pesquisa de cerca de 800 famílias judias que fotografei dos fascículos dos arquivos históricos na Croácia, Itália, Hungria, Romênia, Polônia etc. Estive no arquivo secreto do Vaticano em Roma, liberado para pesquisadores, do período entre 1939-1945. Tenho vastíssimo material original, filmes, fotos, livros, documentos entre 1902 até 2015 (Leste Europeu). Minha pesquisa está mesmo focada em vários países do Leste Europeu. Realizo investigação nos países: Itália, Hungria, Romênia, Croácia, Polônia etc. Tenho documentos originais. Estive nos 3 campos de concentração onde meu avô Andrea Fenyves esteve preso. Levei minha mãe atualmente viva, sobrevivente e ela foi recebida pelo prefeito de Notaresco... Gravamos com o imprensa italiana 3 gerações. Uma senhora com mais de 90 anos testemunha de 1940, Magda Fenyves Sadalla, minha mãe, e eu. Resgatei o processo de denúncia do meu avô dr. Andréa Fenyves e família no arquivo histórico. Em Auschwitz também tenho pesquisa e contato para quem tiver interesse em ficar lá pesquisando”.  Inês indica o filme “Sunshine O Despertar de um Século”, um lindo e belíssimo filme de resgate da história ao longo de 4 gerações judias. Vejam o blog citado acima: jornalggn.com.br/blog/luisnassif/raio-x-da-migracao-os hungaros?page=1

Paulo Valadares apresentou o documento, que aqui compartilho, relativo à entrada do Dr. Fenyves no Brasil, documento que Inês também possui. E também sugeriu: “Um bom acervo de documentos e de personagens: o cardeal Montini (Paulo VI), o conde Tarnowski perseguido pela Gestapo, etc.

Paula Petresco encaminhou-me um e-mail, aonde relata que viu no Facebook que busco fazer contato com gente que frequentou a Sinagoga da Rua Augusta 259. E escreve: “Eu frequentei essa sinagoga nos anos 1999-2001, quando o Rabino Shimon Brand estava à frente da parte religiosa. Era uma sinagoga ativa e muito vibrante, passava a noite de sexta e o dia de sábado todo lá, tinham atividades, rezas e estudos, fiz lá o meu noivado em 1998 e o brit do meu filho em 2000. Tenho fotos se quiser, e me disponho a colaborar com o seu projeto no que puder.”

Paulo Egedy frequentou a sinagoga húngara e anotou o seu e-mail, Alzira Goldberg, Carlos Muñoz e Roseana Klein acharam linda esta sinagoga; Solange Simonini, interessante... Fani Grün Kaufmann espera que isso não se perca, e Renata Casoy questionou quando será o próximo Shabat. Rabino Ivo Kauffman respondeu... dias 24 e 25 de fevereiro!

Rosely Grinblat (mãe do Rabino Ivo) e Giselle Arbeter marcaram, no post do Facebook, Ivo Kauffman e Simone Kauffman; e Mariela Berezovsky marcou Marcelo Weingarten. Iliana Graber de Aquino indicou Doroty Eberhart

Aqui compartilho a solicitação de Gabriela Rottgen: Vamos ajudar e contar sobre nossos/seus parentes que frequentaram e frequentam esta Sinagoga. Escrevam seu comentário. Participem!”

Alguém, além de Miriam Minakawa, gostaria de rever ou conhecer esta sinagoga??? Encaminhem-me um e-mail ( myrirs@hotmail.com) com seu contato...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Resgate de memórias e a Sinagoga Israelita Paulista


Antigos frequentadores da Sinagoga Israelita Paulista têm compartilhado suas memórias e várias histórias relacionadas à esta sinagoga.

Pierre Neufeld, com quem conversei em 08 de fevereiro de 2018, contou que chegou ao Brasil com os pais, em junho de 1949, aos 2 meses de vida. Seu pai, sr. Emerich Neufeld, um dos ex-presidentes e falecido há 15 anos, chegou a estudar em Yeshivá e possuía bom ouvido para música. Na sinagoga, como Chazan, tocava shofar nas Grandes Festas e conduzia as rezas, juntamente com sr. Luiz Nebel e sr. Julio Perl. A leitura da Tora era feita por um senhor de nome Josef, e também por Peter Breuer, filho da sra. Judit Breuer. O Bar-Mitzvá de Pierre e de seu irmão, Robert, foi celebrado nesta sinagoga, assim como o Brith-Milá do filho de Pierre. 

De linha conservadora, ou neológos como explica Marcelo Weingarten, a “Sinagoga dos Húngaros” possuía lugares separados para homens e mulheres, tanto na sinagoga pequena no primeiro pavimento, como no amplo salão ao fundo do edifício. Pierre lembra-se que, ainda criança, chegou a acompanhar o pai na sinagoga do Largo General Osório, uma sinagoga pequena com configuração à sinagoga do primeiro piso da Rua Augusta. 

Tanto o Rabino Friedlander como o Rabino Károly Jolesz, fizeram parte desta sinagoga. Rabino Friedlander, após sair desta sinagoga, abriu uma sinagoga pequena na Rua Martinho Prado esquina da Av. Consolação e, posteriormente, uma sinagoga em uma vila da Rua Min. Rocha Azevedo, nos Jardins. Já Rabino Károly Jolesz, de origem húngara mas proveniente de Israel, chegou a celebrar o Bar-Mitzvá de Pierre em abril de 1962. Pierre comenta que Rab. Jolesz organizava colônias de férias para as crianças, era muito agregador e possibilitou que os judeus húngaros, à época, voltassem a frequentar esta sinagoga. Como comenta Lili Muro Zaitoune Muro, foi quem celebrou a cerimônia religiosa do seu casamento, porém na Sinagoga Beth-El. Após um certo período, retornou a Israel. A grafia correta do nome do Rabino Károly Jolesz foi informada por Judit Breuer, que comentou: “Tradução da palavra jolesz: sera bom. Interessante, não?

A pedido de sr. Emerich Neufeld, os livros que possuía foram doados para a Sinagoga Israelita Paulista. Kasher e Shomer Shabat, caminhava do Largo Santa Cecilia, onde residia, até a sinagoga. Pierre ficava junto a ele ao final de Shacarit Shabat, inclusive na época em que o Rabino Shimon Brand esteve à frente desta sinagoga.

Marcelo Weingarten e sua mãe, sra. Frida, com quem David Carlessi e eu pudemos conversar no dia 12 de fevereiro de 2018, contaram que sr. Robert, pai de Marcelo, de origem húngara, chegou ao Brasil em 1957, vindo da Áustria. No entanto, seu desejo de sair do país era muito anterior à época da Revolução na Hungria. Frequentou a “Sinagoga Húngara” quando esta já estava situada à Rua Augusta, e em uma época em que realizavam diversas atividades além dos serviços religiosos, como bailes, peças de teatro e festas, uma maneira de integrar toda a comunidade judaica húngara, tanto os que já estavam aqui estabelecidos, como os que acabavam de chegar à cidade. Marcelo lembra-se bem, por exemplo, das festas de Purim no palco da sinagoga... O Clube Húngaro-Judaico, nas Perdizes, era o local de encontro das famílias, aos domingos. Sra. Frida, mãe de Marcelo, que não fazia parte deste grupo, ao se casar com sr. Robert, aprendeu o húngaro, com pronúncia excelente, como maneira de integrar-se pois, naquela época, todos falavam húngaro...

Marcelo e sra. Frida comentaram que todos os serviços que a comunidade necessitava, fossem de sapateiros, costureiras, alfaiates, fotógrafos, ou algum outro, eram prestados também por pessoas provenientes da Hungria. Frida contou que em 08 de fevereiro comemorou-se os 61 anos da chegada do navio “Provence”, proveniente da Hungria.

Casamento sra. Silvia Weltner e sr. Alexandre Einbenschutz - 1961
Fotos Roberto Graunmann - Album de Marcelo Weingarten

Marcelo guardou o álbum de casamento de sra. Silvia Weltner e sr. Alexandre Einbenschutz, realizado em 1961. Sra. Sara, tia de Alexandre, era sogra de Sandor Tihanyi e avó de Adriana Sancovsky Shor, como publicado anteriormente. 

Nas fotos aqui publicadas com a autorização de Marcelo, podemos conhecer um pouco desta sinagoga naquela época. Você reconhece alguém nestas fotos? Algo a comentar?


Marcelo, assim como sr. Emerich, continuaram participando da sinagoga quando o Chabad a assumiu, ocasião em que já ocorria o  esvaziamento desta sinagoga por parte dos antigos frequentadores, composto pela comunidade judaica húngara. 

Após a atuação de Rabino Shimon Brand, a sinagoga permaneceu sem um rabino fixo por um período. Porém os frequentadores continuaram a mantê-la aberta às sextas-feiras e sábados(Shabatót), inclusive com jantares e almoços, seguindo a tradição... Desta forma permaneceu, até o momento em que o Rab. Ivo Kauffman passou a conduzir os Shabatót, hoje em dia, uma vez ao mês...e Pierre continua a participar destes Shabatot, com ótimas lembranças... 


Paulo Valadares, historiador que trabalha com a imigração judaica para o Brasil, autor de diversos artigos e de três livros sobre o tema, informou-me que procurou dados dos nomes citados nos posts que publiquei, como diretores e o Chazan desta Sinagoga. As fontes que cita são o Arquivo Nacional e as lápides do Cemitérios Israelita de Vila Mariana. Paulo Valadares complementa: “Aliás, o túmulo de sr. Bernardo Borgida, líder desta comunidade, é um belo mausoléu na Vila Mariana...”

Aqui compartilho a tabela que Paulo Valadares encaminhou, acrescentando a informação: "Karoly Jolesz, Poroszlo, 04/10/1914, filho de Jozsef Jolesz e Etel Frank.."

E você, gostaria de compartilhar a sua história relacionada à esta sinagoga? Aguarde mais lembranças de sra. Judit Breuer, dos que tem participado com comentários, e sobre a época em que Rabino Shimon Brand fez parte desta sinagoga...