sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Internet, redes sociais e a Sinagoga Israelita Paulista


Sinagoga Israelita Paulista, anos 1960
Fotos, memórias, histórias e detalhes relacionados com a Sinagoga Israelita Paulista têm sido compartilhados em entrevistas, por e-mail, em conversas e redes sociais, como o Facebook. Rabino Ivo Kauffman, atual rabino desta sinagoga, encaminhou-me por e-mail um arquivo com fotos dos anos 1960. Como comentou, este arquivo foi disponibilizado para o Centro de Memórias do Museu Judaico, na ocasião da “Exposição sobre os Chazanim” realizada na Hebraica, e da qual participei. 

Encontramos com sra. Judit Breuer, e seu filho Roberto, em 12 de fevereiro de 2018. Sra. Judith mostrou-nos o álbum do Bar-Mitzva de Roberto, livros com fotos das Sinagogas da Hungria, uma foto de seu pai junto a um grupo, ao ser enviado para o campo de trabalhos forçados. Sr. Judit comentou: “Trabalhei lá na sinagoga por 18 anos. Todos esquecemos de mencionar o Chazan de vários anos, sr. Arnold Heisz. Infelizmente eu não trabalhei muito tempo com ele. No ano 1977, ele rezou ainda Rosh Hashana, mas no Yom Kipur já estava muito doente. A esposa dele era uma pessoa fantástica, sra Julia. Ele era professor de Bar-Mitzvá do Dr.Fehér, que era presidente do Hospital Albert Einstein. Sr.Heisz permaneceu no hospital até falecer. Nós chegamos a visita-lo”. Sra. Judit avisou-me, ainda, que falou com sr.Tomas Kovari, presidente da sinagoga, que entrará em contato...

A partir da informação de sra. Judit, Paulo Valadares acrescentou: “Arnold Heisz, Avraham b. Asher (21/01/1904 - 10/01/1978), filho de Marton H. e Ester Rappaport. "Químico". E aqui compartilho novamente a correção quanto ao nome de Károly Jolesz, apontada por sra. Judit, e que Paulo Valadares indicou o detalhe: “Karoly Jolesz, Poroszlo, 04/10/1914, filho de Jozsef Jolesz e Etel Frank.”

Sra. Judit Miriam Neumann contou: “Minha mãe Z’L era húngara, esta sinagoga pertencia à comunidade húngara. Depois, o Beth Chabad, com o Rabino Shimon Brand, fizeram-se responsáveis. O sr. Samuel Klein Z’L doou uma Mikve super moderna. Passei vários anos os chaguim ali. Muitas saudades...”

Miriam Minakawa escreveu: “Meu Avô foi fundador desta sinagoga, a foto dele ficava pendurada na parede e gostaria de resgata-lá. Nome dele: Eugenio Klein. Frequentei esta sinagoga toda minha infância/ adolescência até virar Beit Chabad. Meus irmãos fizeram Bar Mitzva na SIP, mas infelizmente não tenho nada, minha mãe contava histórias, mas se foi em setembro passado”. E pergunta: “sabe aonde está o acervo?” Encaminhei as fotos dos presidentes/fundadores e Miriam afirmou que o avô está na foto: “é o primeiro da segunda coluna”. Sra. Judit Breuer lembra-se da família de Miriam: “Sua mãe era Agnes Zymann, gostava muito dela. Tudo de bom a você e toda família...” Miriam Minakawa agradece pelo carinho...

Susi Rubin, que cresceu nesta sinagoga, escreveu: “Meu pai frequentou, até falecer”. E indicou Roberto Denes; Pedro Denes; Anita Grostein, Estevão Klein, Katy Borger; Katy Loeb, Suzana Kaufman, Judith Korda Recanati; Judith Hegedush. Alguém de vocês possuem informações???

Sr. Oscar Gersztel lembrou: Tolnai foi pai de um bom amigo de nome Peter que emigrou para Israel e lá faleceu. Fizemos parte do Darkeinu, juntamente com Claudio Dascal, Rubens Gorski, Alexandre Fiks (filho de Henrique, um dos fundadores da Deca Metais) e muitos outros jovens à época....

Victor Calipo indicou Patricia Csapo. Patricia contou: “Não faço parte. O Victor me marcou por causa do meu avô, que era judeu húngaro, e frequentava a sinagoga da rua Dohany. Nossa descoberta das origens judaicas é relativamente recente!"

Sra. Monique Haber, descendente de húngaros, informou que fala húngaro e frequentou muito esta sinagoga. Porém, a maioria dos que frequentavam, e com quem íam, já faleceou. Pelo Messenger, Monique Haber contou que tem muitas lembranças da Sinagoga da Rua Augusta...e escreveu: "passei minha juventude e todas as festas lá, também nas quartas à noite íamos lá para bater papo e dançar, era muito bom."
Sra. Monique comentou a foto do post passado: “Eu fui neste casamento da Silvia e do Alexandre (s"uci)”. E marcou sra. Frida e sr. Roberto, pais de MarceloWeingarten, na foto.

Havia buscado contato com Inês Fenyves Sadalla, após ler um comentário em “Raio X da migração: os húngaros”, no Blog de Luis Nassif. Inês escreveu-me: “Bom dia Myriam! Meu avô, doutor Andrea Fenyves, era médico da colônia húngara em SP. Chegou ao Brasil em 1941. Era muito amigo do dr. Feher. Tenho pesquisa de cerca de 800 famílias judias que fotografei dos fascículos dos arquivos históricos na Croácia, Itália, Hungria, Romênia, Polônia etc. Estive no arquivo secreto do Vaticano em Roma, liberado para pesquisadores, do período entre 1939-1945. Tenho vastíssimo material original, filmes, fotos, livros, documentos entre 1902 até 2015 (Leste Europeu). Minha pesquisa está mesmo focada em vários países do Leste Europeu. Realizo investigação nos países: Itália, Hungria, Romênia, Croácia, Polônia etc. Tenho documentos originais. Estive nos 3 campos de concentração onde meu avô Andrea Fenyves esteve preso. Levei minha mãe atualmente viva, sobrevivente e ela foi recebida pelo prefeito de Notaresco... Gravamos com o imprensa italiana 3 gerações. Uma senhora com mais de 90 anos testemunha de 1940, Magda Fenyves Sadalla, minha mãe, e eu. Resgatei o processo de denúncia do meu avô dr. Andréa Fenyves e família no arquivo histórico. Em Auschwitz também tenho pesquisa e contato para quem tiver interesse em ficar lá pesquisando”.  Inês indica o filme “Sunshine O Despertar de um Século”, um lindo e belíssimo filme de resgate da história ao longo de 4 gerações judias. Vejam o blog citado acima: jornalggn.com.br/blog/luisnassif/raio-x-da-migracao-os hungaros?page=1

Paulo Valadares apresentou o documento, que aqui compartilho, relativo à entrada do Dr. Fenyves no Brasil, documento que Inês também possui. E também sugeriu: “Um bom acervo de documentos e de personagens: o cardeal Montini (Paulo VI), o conde Tarnowski perseguido pela Gestapo, etc.

Paula Petresco encaminhou-me um e-mail, aonde relata que viu no Facebook que busco fazer contato com gente que frequentou a Sinagoga da Rua Augusta 259. E escreve: “Eu frequentei essa sinagoga nos anos 1999-2001, quando o Rabino Shimon Brand estava à frente da parte religiosa. Era uma sinagoga ativa e muito vibrante, passava a noite de sexta e o dia de sábado todo lá, tinham atividades, rezas e estudos, fiz lá o meu noivado em 1998 e o brit do meu filho em 2000. Tenho fotos se quiser, e me disponho a colaborar com o seu projeto no que puder.”

Paulo Egedy frequentou a sinagoga húngara e anotou o seu e-mail, Alzira Goldberg, Carlos Muñoz e Roseana Klein acharam linda esta sinagoga; Solange Simonini, interessante... Fani Grün Kaufmann espera que isso não se perca, e Renata Casoy questionou quando será o próximo Shabat. Rabino Ivo Kauffman respondeu... dias 24 e 25 de fevereiro!

Rosely Grinblat (mãe do Rabino Ivo) e Giselle Arbeter marcaram, no post do Facebook, Ivo Kauffman e Simone Kauffman; e Mariela Berezovsky marcou Marcelo Weingarten. Iliana Graber de Aquino indicou Doroty Eberhart

Aqui compartilho a solicitação de Gabriela Rottgen: Vamos ajudar e contar sobre nossos/seus parentes que frequentaram e frequentam esta Sinagoga. Escrevam seu comentário. Participem!”

Alguém, além de Miriam Minakawa, gostaria de rever ou conhecer esta sinagoga??? Encaminhem-me um e-mail ( myrirs@hotmail.com) com seu contato...

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