Quem
passa em frente ao edifício situado à Rua Augusta, 259 nem sempre percebe
tratar-se de uma sinagoga, apesar dos amplos janelões com Maguen David e Menorót
na fachada, e das jardineiras de concreto instaladas na calçada.
No piso
térreo, ao fundo do pequeno espaço interno da entrada, tem-se um hall com duas
placas, de 1992, sendo um relativa aos ex-presidentes, já divulgado no post
anterior, e outra de agradecimento e homenagem, por parte da diretoria. Na placa
dos ex-presidentes, os nomes dos senhores Eugenio Klein, Ferdinando Roth, alexandre
Zimmermann, Eugenio SpivaK, Ferdinand Hochenberg, Nicolau Harnat, Armando Ratzersdorf,
Bernardo Borgida, Alfredo Krausz, Desiderio Farkas, Carlos Gabor, dr. Ladislau
Grunberger, Luiz Nebel, Paulo Strauss. Já na placa dos homenageados, Miklos
Hungar, Sigismundo Gansl, Aron Goldmann, Ernestina Goldmann, Chava K. Koch,
Gabriel Koch, Francisco Schwarcz, Familia Michaan, Arpad Kovari, Tamas Kovari, Samuel
Klein, Emmerich Neufeld
Retornando
ao espaço físico da sinagoga...logo após o hall que contém as duas placas, ao
lado direito uma biblioteca e ao fundo, vemos um amplo salão com luminárias
antigas, piso e paredes brancas, com duas Menorót estilizadas, Aron Hakodesh em
madeira escura com a paróchet vermelha e Torót em seu interior, os leões
ladeando as “Luchót Habrit”, Bimá também em madeira escura, Ner Tamid, cadeiras
estofadas e armários com sidurim. O
espaço desta sinagoga, em seu aspecto, diferencia-se das sinagogas já visitadas
até o momento.
Há
tempos atrás, este salão era ocupado em Rosh Hashana e Yom Kipur, mas posteriormente
passou a ser utilizado também nos Shabatót. Pierre lembrou que inicialmente o
Aron Hakodesh esteve situado ao fundo do salão. Um palco, utilizado como Bimá, fora
instalado à frente do Aron Hakodesh, como já relatado também por Adriana
Sancovsky Shor: “no início as
mulheres ficavam na metade do lado direito do salão e os homens do lado
esquerdo, com o Rabino e a Arca posicionados numa área elevada no fundo do
salão. No final dos anos 80 descobriram que estavam todos voltados para o lado
errado e tudo foi reposicionado para a parede do lado esquerdo de quem entra na
sinagoga, com os homens agora na metade da frente e as mulheres do lado de trás”.
E desta maneira esta sinagoga permanece até os dias de hoje, como podemos ver
nas fotos deste post, conservada, realizando os Shabatót uma vez por mês...
Aguardem as próximas
publicações, com novos depoimentos de Rab. Ivo Kauffman, Pierre Neufeld, Marcelo
Weingarten, informações do historiador Paulo Valadares, e também algumas fotos
antigas...
E você, teria alguma
foto, documento e historias desta e também de outras sinagogas em São Paulo?
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