O Museu da Imigração do Estado de São Paulo preserva a história das pessoas que chegavam ao Brasil na antiga Hospedaria do Imigrantes |
Durante o mês de julho alguns comentários foram
publicados no Facebook, relacionados às famílias da comunidade judaica que
moraram em Botucatu. Na página do “Guisheft Vendas e Anúncios”, Perola
Wajnsztejn e Anette
Wajnsztejn contaram que sua família, Wajnsztejn, morou em Botucatu, além dos Grimblat,
Wasserman, Zumerkorn, Akerman, Groberman e Waxman. Perola também comentou sobre
uma crônica sobre os judeus em Botucatu, escrita por um historiador de lá. E
marcou Cecilia
Mesniki Zveibil em seus comentários.
Zyndal
Farber Zumerkorn e Anny
Zumerkorn Papalexiou
escreveram que o pai, Jacques
Zumerkorn e a mãe, Mina Farber, foram morar em
Botucatu, eram donos da famosa “Casa Jacques”, e, elas e os irmãos, David
Zumerkorn, Deborah Zumerkorn Hassan e Esther
Pipek, nasceram na
cidade. Estudaram no colégio La Salle e como não havia sinagoga na cidade, os pais reuniam as outras famílias
para passarem o Pessach e Rosh Hashana na casa da família. E
enfatizaram: “Era muito bom mesmo, até depois que fomos pra São Paulo,
e começamos a frequentar outras comunidades judaicas...”
Gil Segre, pelo Messenger, também contou: “Vim com minha família a São Paulo, de Botucatu. Todos os anos, todos os judeus da cidade, na época em que lá moramos, vinham para Pessach na nossa casa. Eu cheguei em São Paulo com apenas seis anos de idade. As melhores pessoas para te contar nossa história são minha mãe (Ariella Segre) e minha irmã mais velha”.
Conversei com a sra. Ariella Segre, que relatou que a família morou em Botucatu por 10 anos, no período de 1970/1980. Naquela ocasião o marido deu aulas na Faculdade de Medicina, inaugurada naquele período, e os quatro filhos estudaram em escola pública e de padres. Sra. Ariella, na época em que moraram em Botucatu, deu aula de hebraico e judaísmo, e citou a família Zumerkorn, onde se reuniam para celebrar Pessach, família esta que possuía uma loja na cidade. Botucatu, cuja palavra signfica “bons ares” como sra. Ariella contou, não possuía sinagoga...Miriam Segre Rosenfeld, filha da sra. Ariela, contou por e-mail: “Agora, aprendi mais história dos judeus de Botucatu do que em toda a minha vida! A questão da sinagoga, na realidade, a casa da Família Zummerkorn, sempre foi um ponto de referência judaica para nós. Seu Jaques sempre convidava os judeus que apareciam na cidade para celebrar as festas judaicas. Minha mãe, em algum momento deu aulas de judaísmo para as crianças de ambas as famílias. Nos anos oitenta, os Lubavitch faziam viagens ao interior e eram recebidos pelo Sr. Jaques. Levavam uma sinagoga portátil no carro. Nessa época, a família Segre já tinha voltado para São Paulo. Meu pai, Prof. Dr. Marco Segre, começou a lecionar no Departamento de Medicina Legal e Trabalho da Universidade em 1970, após sair da USP. Foragido da Itália, de onde veio com seus pais em 1940, aos seis anos de idade, Dr. Marco era médico formado pela USP...”
Também conversei com sra. Clara Wajnsztejn
e com seu filho Alberto, por indicação de Perola e
Anette
Wajnsztejn e de Julia Damiano. No dia 21 de
julho de 2020 sra. Clara relatou que nasceu em Olimpia, próxima a Barretos, cidade
“muito quente”, para onde os pais se mudaram após se casarem. O pai de sra.
Clara, Sr. Ramiro Grimblat (ou Grynblat), saiu da Rússia aos 21 anos, e a mãe chegou
ao Brasil aos 20 anos, proveniente de Yedenitz, na Bessarábia. Quando sra.
Clara tinha quatro anos, a família mudou-se para Botucatu, após o pai adoecer,
cidade em que cresceu e estudou. Casou-se em São Paulo, pois “tinham família na
capital” e porque não havia sinagoga em Botucatu. O marido, Jankiel, chegou a
São Paulo, proveniente da Polônia, aos seis anos de idade. Retornaram a Botucatu, onde os quatro filhos nasceram, e
cursaram escola pública. As Grandes Festas eram comemoradas também na
capital. Como contou, a comunidade judaica da cidade era pequena. Lembra-se da
família Waksman, sr. Rubens e a irmã, da família do sr. Jacques Zumerkorn, da
família Krystal. Alberto Wajnsztejn contou que nasceu
em 1951 em Botucatu, veio morar em São Paulo em 1969, retornando à Botucatu em
1971, onde cursou medicina até 1976. O curso de medicina foi criado em Botucatu,
como comentou Alberto, em 1963. Morou com o avô até 1970, quando o avô saiu da
cidade. Havia, em Botucatu, umas cinco famílias nesta época, e na casa do sr.
Bentzion Waksman eram comemoradas as festas, onde todos se reuniam.
Em Jewish
Brasil Lilian
Elman escreveu: “família Goldenberg em Botucatu”.
Alberto comentou que o sr. Goldenberg é professor da faculdade...
Podemos buscar também
informações na internet... No site da Wikipédia, por exemplo, encontramos detalhes
sobre Noel Nutels (1913 -
1973), “um médico e indigenista judeu brasileiro, nascido na
atual Ucrânia. Ainda menino,
veio para o Brasil com os pais para morar em Recife, no estado de Pernambuco. Em 1938,
formou-se pela Faculdade de
Medicina do Recife e, no mesmo ano, naturalizou-se brasileiro.
Em 1941, mudou-se para Botucatu,
São Paulo, para trabalhar no Instituto Experimental de Agricultura.
Foi o médico da primeira expedição Roncador-Xingu, em 1943.”
Você faz parte das famílias da comunidade judaica de Botucatu? Morou nesta cidade, ou em outra cidade do interior paulista??? escreva para mim... myrirs@hotmail.com
Olá,
ResponderExcluirCuriosamente, essas famílias de Botucatu não mencionam Samuel Marek Reibscheid, médico, que mudou-se ainda jovem e estabeleceu-se na cidade. Vinculou-se, à então recém-criada Faculdade de Medicina da UNESP. Teve uma vida acadêmica brilhante. Está vivo. Acabou de completar 80 anos.Mora em Botucatu.
Que ótimo saber, vamos divulgar. Como contatar o dr. Samuel Marek Reibscheid?
ResponderExcluirGermano Grimblat mora em São Paulo com a família , mas tem muita história de infância em Botucatu . germano_grimblat@hotmail.com , sou a filha dele se quiser se comunicar com ele deixo aqui seu email . Vale a pena . Obrigado 🙏
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