Sinagogas
de pedra de quatro pilares:
O
início do século XVI, na Polônia principalmente, marcou o final da Idade Média.
O isolamento dos judeus neste período já era acentuado, tinham o seu próprio
ambiente cultural e espiritual, sua arte e artesanato, atingindo um nível
distinto de expressão de seu mundo, do seu modo de pensar e agir. Buscaram,
neste momento, uma forma arquitetônica própria, condizente com a religiosidade
em que viviam. Coube ao “construtor” solucionar a dificuldade de acentuar a
posição central e a importância da Bimah: a definição de um espaço gerado por
necessidade da comunidade. O resultado encontrado determinou a ligação da Bimah
com a construção em si: uma sinagoga em pedra, de quatro pilares e sem suportes
no centro, uma cúpula e uma Bimah abaixo desta. Esta solução arquitetônica é
própria da comunidade deste período e independente das influências do entorno.
Buscou-se ainda a integração da Bimah como o centro no sistema construtivo.
Esta passou a situar-se dentro de uma construção central (quatro pilares) que
suportava uma abóbada: um espaço definido dentro de outro espaço. A sinagoga de
Pinsk é um exemplar deste período. O exterior, no entanto continuava baseado
nas condições locais e arquitetura da época: sinagogas em forma de fortaleza,
quando construídas fora dos muros das cidades; ou as não fortificadas, de
aparência simples.
Exemplos
de sinagogas que adotaram esta solução estão presentes não só na Polônia, mas
também na Rússia, Lituânia e Alemanha. Em Israel foram introduzidas e aceitas,
em cidades com Jerusalém, Tzfat e Hevron.
A
sinagoga de madeira é uma expressão judaica desenvolvida a partir da metade do
século XVII, influenciada pela arte polonesa e por um padrão estrutural de
templos antigos eslavos. A madeira, no entanto, era geralmente utilizada nas
aldeias e estas sinagogas foram projetadas e executadas por artesãos e artistas
judeus habituados ao trabalho com este material. Pinturas murais, de cores
brilhantes e traçado simples e rico entalhes estavam presentes nestas
sinagogas. A ala feminina constituía-se de um anexo ou uma galeria interna e um
quarto de inverno servia de abrigo para dias muito frios. A tradição das
sinagogas de madeira espalhou-se para o Ocidente, até a Alemanha.
Como podemos ler no artigo da Revista Morasha, edição 53 de junho de 2006, "Construídas por todo
aquele território, especialmente na Polônia, Rússia, Lituânia, Ucrânia, durante
os séculos 17 e 18, as sinagogas de madeira se tornaram um marco na arquitetura
judaica e na arte litúrgica. Estima-se que até o início do século 20, mais de
mil tenham sido erguidas. Ademais de sua importância religiosa, nacionalista,
histórica e etnográfica, destacam-se por seu excepcional valor artístico..." leia mais em http://www.morasha.com.br/arte-e-cultura/sinagogas-em-madeira.html
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