quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Comentários sobre as comunidades judaicas do interior paulista... Ribeirão Preto, Bragança Paulista, Atibaia, Batatais...

O Aron Hakodesh e o Parochet (a capa que cobre o Aron Hakodesh) que pertenceram à Sinagoga Mordechai Guetzenstein e ao Colégio I. L. Peretz em São Paulo (não em seu primeiro edifício construído), foram doados à Sociedade Israelita de Ribeirão Preto, na época em que a escola foi desativada. Frequentei a sinagoga da Vila Mariana, e a escola, durante muitos e muitos anos, sendo esta sinagoga o ponto de partida de minha pesquisa e estudo, iniciado há muitos anos atrás...

Weder Teixeira, contou, pelo Facebook, que Ribeirão Preto, juntamente com São Carlos, passaram a ter comunidades atuantes a partir de 2000. Enfatizou que neste ano a Sociedade Israelita de Ribeirão Preto (SIRP) completa 21 anos de existência. Seu surgimento deu-se com a vinda da empresa Netafim para a cidade, recebendo diversas famílias que passavam transitoriamente pela cidade, e, ainda, permanece atuante. Weder escreveu:Inclusive vou te passar alguns nomes dos fundadores, lembrando também que a SIRP se enquadra naquelas comunidades classificadas como "migratórias" ou "transitórias", pois boa parte das famílias moraram por alguns anos na cidade, vindas da capital paulista, carioca e de outras localidades, transferidos a trabalho ou estudos. Hoje a atual presidente é a Tamara Segal. A lista de membros fundadores tem sobrenomes como: Zeiger, Fadida, Calderón, Rothschild, Abuleac, Goldstein, Rozemberg e outros que preciso levantar no estatuto social de fundação. Tenho fotos do primeiro Cabalat Shabat feito no refeitório da empresa Netafim, aqui em Ribeirão Preto, com o nome oficial de fundação, além de fotos das primeiras festas religiosas. Ela é mantida e reconhecida pela Fisesp, e vez ou outra recebe visitas de alguns alunos de Yeshivá, mantida pelo Beit Chabad. Vou ver em meus arquivos aqui algumas fotos das primeiras reuniões no ano de fundação. Sociedade Israelita de Ribeirão Preto. Apenas como adendo, o mais destacado membro da comunidade judaica de Ribeirão Preto, que teve grande notoriedade política na cidade foi o engenheiro Jaime Zeiger. Na cidade, o mercadão municipal e a antiga rodoviária foram uma de suas principais marcas na cidade. O teatro de arena do município leva o seu nome, e um dos filhos dele, o Alberto Zeiger, teve relevante participação na fundação da SIRP. Precisaria juntar as fotos de fundação, pois algumas eu tenho no computador. Outras eu doei para o acervo da comunidade. Inclusive fui eu quem foi retirar esse Aron HaKodesh doado pela Sinagoga e pelo colégio. Falta-nos agora um Sefer Torá.

Em artigo publicado pela Fisesp, em outubro de 2011, relativo à comemoração de Rosh Hashaná em Ribeirão Preto, podemos ler: “Ribeirão Preto, no entanto, a comemoração reuniu todos os integrantes da comunidade judaica, em um mesmo endereço. O estilo “comunitário” é a saída para permitir que todos participem. “A comunidade é pequena, então, nos unimos para facilitar a prática para todos”, comentou Moacir Braun, presidente da SIRP (Sociedade Israelita de Ribeirão Preto). “Nesses dias, o judeu pensa em todas as ações que fez ao longo do ano que passou, e pede perdão a quem ofendeu, e depois a Deus. As pessoas se encontram e se reconciliam”, explica o Sr. Franja Hamburguer, 96, o mais velho entre os judeus ribeirão-pretanos”. Está disponível na internet o estudo “A memória coletiva em famílias da Sociedade Israelita de Ribeirão Preto”, a Dissertação de Mestrado, apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - USP, por Milena Callegari Cosentino,  sendo a orientadora Marina Massimi., em 2013. Tal estudo e pesquisa informa que teve como objetivo “estudar como membros e familiares de uma comunidade judaica brasileira vivem a memória coletiva e o que isso significa em suas vidas”. Para informações e detalhes consultem https://teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-24072013-104950/pt-br.php

Ribeirão Preto foi fundada em 1856, e situa-se na região nordeste do estado de São Paulo, a aproximadamente 315km da capital. Como lemos, também na Wikipédia, “no começo do século XX, a cidade passou a atrair imigrantes, que foram trabalhar na agricultura ou nas indústrias abertas, na década de 1910.”

Pelo Facebook, Esther Naslauski Bacht escreveu: “A família do meu pai foi itinerante. Meu tio mais velho nasceu em Franca em 1908, minha tia no Rio de Janeiro em 1909, meu pai no Rio de Janeiro 1910 e o mais novo em Batatais, em 1912, mas não sei o porquê deles terem mudado tanto. Sei que moraram em São Paulo a infância toda...” Como vemos na Wikipedia, Batatais pertence à Região Metropolitana de Ribeirão Preto, e, até o início da década de 1870, permaneceu uma vila voltada principalmente para a criação de gadoPorém, a partir dessa mesma década, a região foi se transformando em uma área produtora de café, sendo conhecida como “Novo Oeste Paulista”.  E com o desenvolvimento da atividade cafeeira, esta região passou por mudanças econômicas, fruto inclusive da construção das estradas de ferro (Central, Mogiana e Paulista), que ligaram o interior ao litoral, e da chegada de imigrantes da Europa.

Também pelo Facebook, Lilian Starobinas indicou Tânia Fukelmann Landau e Geni Schkolnick. Tânia Fukelmann Landau contou: “Minha mãe é de Batatais. A minha mãe é viva e sabe contar esta história melhor que eu. Acho que ela ia gostar de fazer um depoimento, se quiser. Meus avós eram russos, não sei como foram parar em Batatais, cidade próxima a Franca, município que tinha sinagoga, cemitério e uma comunidade judaica bem representativa. Em Batatais, que eu saiba, existiam duas famílias judaicas, a da minha avó e a do meu avô. Lá morava também, sozinho, um amigo do meu avô, que mais tarde, se casou com a minha avó quando ela ficou viúva, ainda nova. Este padrasto da minha mãe, o avô querido com quem eu convivi, era romeno. Sei que mantiveram as tradições, apesar da distância da comunidade. Naquela época não era fácil se deslocar de uma cidade para outra, usavam charrete! Lá, entre eles, falavam em Idishe e aprenderam o português. Uma pena foi o idioma russo ter se perdido nesta trajetória. Bem que eu gostaria de saber ler alguns pensadores na língua original. Na praça de Batatais tinha um banco com o nome do meu bisavô e da sua casa de comércio. A praça era, e ainda é, muito interessante, além dos tradicionais bancos, mantém suas árvores podadas e esculpidas com figuras de animais. Minha avó fez amizade com a população local, e manteve algumas ao longo da vida. Tenho contato com filhos e netos destas pessoas. Talvez também possam colaborar recuperando os fatos. Se necessário, me avise...” Espero podermos falar a respeito...e conseguirmos os depoimentos...

Myriam K. Epelboine contou que ela e os pais eram a única família judia em Atibaia, mas comentou que em Bragança havia outras famílias também... E Adolpho Libeskind Sirotá escreveu: Minha mãe nasceu em Guaratinguetá! Meu avô veio de Lodi/ Polônia!” Iremos conversar...aguardem novidades...

Qual a sua história relacionada às comunidades judaicas e sinagogas do interior paulista? Vamos compartilhá-las? Escreva para myrirs@hotmail.com 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

São Carlos, Franca, e suas comunidades judaicas...

A busca por mais informações tanto da comunidade judaica de São Carlos, como de outras cidades do interior paulista permanecem, assim como a busca por fotos e documentos, textos, publicações e realização de entrevistas.  Relacionada à postagem anterior, sobre a comunidade judaica de São Carlos, Salomon Mizarahi comentou em e-mail que, naquela foto de capa da Revista da FISESP, quem carrega a Torá, é ele. E completou: “Ela foi doada pela sinagoga Beit Yaacov! O chazan da sinagoga de São Carlos é o Júlio Zukerman Schpector. Famílias que conheci, e que eram donas de lojas: 1. Estevam Muszkat, Loja de Móveis Progresso - a loja fechou. 2. Salomão Schevs, Casa Leon (ou leão), de tecidos - fechou depois que faleceu, há uma rua no nome dele no bairro Jardim Cruzeiro do Sul. 3. José Aizemberg, com o filho Daniel, e fábrica de jalecos e Lojas Radeni - terminou suas atividades. A foto que aqui compartilho também foi encaminhada por Salomon Mizrahi

Sérgio Greif escreveu, na postagem do Facebook, que morou em Franca entre 2002 e 2005. Quando se mudou para a cidade, as famílias judias já haviam saído, mas conheceu uma família ortodoxa em Franca. E contou: “A esposa era originalmente judia de NY e o marido não era, mas ele se converteu e se tornou um judeu religioso. Quando eu morei lá, este judeu convertido organizou uma sala para orações em sua fábrica. Hoje eles residem nos EUA. Não há mais uma ala judaica no cemitério. Creio que havia túmulos, mas não os vi, e talvez tivessem sido transferidos pela Chevra Kadisha. Acho que jamais houve uma sinagoga, mas talvez eles se reunissem em algum lugar...Há uma tese defendida na Unesp a respeito, e se não me engano um livro publicado. Eu residi lá, e conheci o rapaz que escreveu a tese, que com certeza contém mais informações...”.  A tese a que se refere Sergio é de Júlio Cesar Mestriner de Freitas com o título “A Comunidade Judaica de Franca” (Ano 1998, 130 páginas, Editora: Monografia – Unesp, Franca). Lemos em uma sinopse sobre a mesma que o autor apresenta um levantamento das muitas famílias judias que residiram em Franca e compilou dados genealógicos de cada uma delas e procurou definir a participação de seus membros na vida social e econômica da cidade. O interessante do que foi apurado é que, com alguma exceção, não tiveram essas famílias uma participação efetiva na vida social. E, em sua maioria, dedicou-se ao comércio de armarinhos, roupas, calçados, chapéus e fazendas...”. O sumário da tese, nesta sinopse, apresenta o índice de fotos, mapas, cita o cemitério judaico de Franca,  e também nomes de famílias da comunidade judaica da cidade como Ackermann, Aizemberg, Bergstein, Bodossky, Brickmann, Brunstein, Chvindelmann, Davidson, Dorfman, Eliezer, Ecksmann, Fischer, Gedanker, Kauffmann, Kupper, Kelmann, Kramer, Kundman, Kuppermann, Levymann. Não encontrei, ainda, tal tese para lê-la e averiguar o seu conteúdo, e posição desta em relação à comunidade judaica da cidade.

Quem tiver interesse em ler a sinopse deste trabalho na integra acesse: http://www.plataformaverri.com.br/index.php?bib=1&local=book&letter=F&idCity=22&idCategory=18&idBook=325&fbclid=IwAR2HbFrOqyag3rkfU28SoU9NWQ1a-EQc1i3VfkfWR8KFUEyqSnzmBwPUoGY

Conversei com Leo Palansc em junho de 2020. Morando atualmente em Ranana, Leo contou que morou em Franca de 1990 até 2011. O pai de Leo nasceu em Botucatú e a mãe, em Ponta Grossa. Leo também citou a tese sobre a comunidade judaica da cidade. Comentou que a história judaica em Franca começou nos anos 1920/1930, com a atividade dos mascates que seguiam de trem para a região, no comércio de tecidos. Não havia sinagoga, sendo assim, reuniam-se numa casa no centro da cidade, em Ribeirão Preto (década de 1950). No entanto, no cemitério da cidade, havia uma área separada para as sepulturas judaicas. Citou o sr. Abraão Brickman, tio de Carlos e a família Tabacow.

O Boletim do Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, Ano VII, de Janeiro/Abril de 2005 publicou a entrevista com sr. Abraão Brickmann, realizada pelas senhoras Eva A. Blay e Célia Rubisntein Eisembaum em 03/10/1981. Sr. Abraão, médico homeopata, nasceu em Franca em 1910, estudou no Grupo Escolar Francisco Martins, como outras crianças da comunidade judaica da cidade, e no Ginásio Católico Marista. A educação escolar era complementada pela educação judaica, pela vida familiar, pelo contato comunitário e pelo cumprimento dos ritos religiosos.... Segundo sr. Abraão citou na entrevista, a convivência com as pessoas de outras religiões era muito grande. “Os judeus russos eram em pequeno número e tinham prestígio...” Sr. Abraão Brickman citou, também, um Sefer Torah que estava na casa dos pais, e comentou sobre o cemitério Israelita de Franca: “(Rab. I.Raffalovich)  me disse: podem fazer o cemitério (judaico) dentro do cemitério católico desde que exista uma pequena separação, uma mureta e uma entrada...o cemitério foi transferido para São Paulo, porque surgiu um problema religioso, não havendo mais minhe (minian) no lugar e nem visitações nos grandes feriados, deviam transferir os corpos em respeito...”

Rosinha B. Perlov, há algum tempo, comentou: “Sou do interior do estado, Franca e lá aprendíamos e comemorávamos em casa de familiares.”

Sra. Habibe Simantob, em 26 de junho de 2017, havia contado: “Meu avô, sr. Srul Gutman, ao chegar da Europa ao Brasil, foi inicialmente para Franca e posteriormente para São Paulo, indo morar no Bom Retiro. Ao se casarem, meus avós foram para a Mooca. Em Franca havia aproximadamente 40 famílias judias, entre elas Tabacow e Steinberg”.

Você possui fotos, documentos, memórias, histórias ou informações sobre as comunidades judaicas e respectivas sinagogas, tanto do interior paulista como da capital? Gostaria de compartilhar? Escreva para myrirs@hotmail.com

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Famílias da comunidade judaica em São Carlos, Jaboticabal, Novo Horizonte, Itu, Jacareí, Guaratinguetá, Tatuí, Bebedouro, Barretos, Cafelândia, Andradina, Piracicaba, Franca...

Venho reunindo informações sobre as comunidades judaicas das cidades do interior paulista, e suas respectivas sinagogas. Como já divulgado, Luiz Fernando Chimanovitch contou que a mãe, sra. Esther, nasceu na cidade de São Carlos e mora em Israel. aguardo podermos conversar a respeito.

Carla Lam, informou sobre a família, que, na década de 1930, morava em Jaboticabal. Interessante saber, pois tenho uma foto de meu avô, José Rosenblit, nesta cidade, como já divulguei, e que busco mais detalhes a respeito.

Bella Talerman Zilbovicius escreveu que a sua família Talerman era de Campinas e a família Ber morou em Santo Amaro.

Sr. Jayme Brener forneceu algumas informações: “Rio Claro. Família Sadcovsky, da minha tia Anna Sara. E tem Novo Horizonte, família do José Luiz Godlfarb. A família do José Luiz Goldfarb é de Novo Horizonte. Minha tia Anna Sarah Brener, née Sadcovski, é de Rio Claro. Mas ela mora no Rio de janeiro desde pequena. Acho que não lembra de nada mas pode dar dicas, Não sei se você conhece a Gizelda Katz, que é médica, a família dela era de Tatuí. Alguém possui fotos, histórias a compartilhar?

Fani Grün Kaufmann informou que a mãe morou em Cafelândia e Andradina. Seu nome era Golda Sznajder Grun...Como era a comunidade destas cidades? Teriam fotos, indicações, documentos, alguma memória sobre a comunidade judaica destas cidades?

Victor F. Rawitz contou: “Minha família materna hoje encontra-se em Itu! Minha família é de são paulo e nos anos 1960 ou 1970, se não me engano, se mudaram pra Itu, eram bem pobres pois não moravam junto à comunidade em São Paulo, e em Itu levavam uma vida não judaica, por preconceito dos vizinhos...Depois minha mãe voltou para São Paulo.

Kely Feldman escreveu: “A minha família paterna se estabeleceu em Itu. Entre os anos de 1950. Lá, meus avós e depois, meus pais. Tanto é que eu nasci lá, e vim para SP estudar. Mas ainda vou com bastante frequência para lá, onde tenho uma residência. Na época tinham 5 a 6 famílias, embora não tinhamos sinagoga. Vou reunir tudo que tenho e te encaminho”.

Marcelo Weingarten escreveu por e-mail: “Antes falamos da família do meu pai, e da sinagoga húngara. Agora que você pesquisa o interior, minha mãe poderá te contar o que sabe de Sorocaba, onde nasceu. Também indiquei a Sheila Zatz, a familia dela acho que é de Garça”. 

Patricia Wulkan Dale também comentou: “A familia da minha mae, Ester Wulkan, morou em Sorocaba”

Jose Roberto Zonis contou: “Sou neto de Leão Zonis e Bluma Zonis, ambos falecidos em Bauru no início dos anos 1960. Gostaria de saber mais sobre as origens de meus avós. O pouco que sei é que vieram da Bessarábia, antes de 1920. Estabeleceram -se primeiro no RJ e depois em Bauru... Meu pai já faleceu há 26 anos, era filho único e pouca informação deixou. Alguém poderia colaborar com informações a respeito?

Vânia Ejzenberg relatou que a mãe, Rosa Guinbeurg, conhece muito sobre a comunidade judaica no Vale do Paraíba desde os anos 1940, e aguardo detalhes...

Sérgio Waissmann  comentou que o tio, Abraão Waissmann, morava com a família em Bebedouro, perto de Araraquara. A filha, Gleydes, mora em São José e o primo Hilton z'l, tem família em Guaratinguetá. Também tem primos em Jacareí e Taubaté. A família de Alberto Kremnitzer também morou na no Vale do paraíba e interior de São Paulo: “Meu avô materno morou em Jacareí, Guaratinguetá e Ribeirão Preto. Tenho histórias, mas fotos não. Início da década de 1960 em Guaratinguetá, preciso fazer os cálculos sobre o período em Ribeirão Preto e Jacareí. Voltarei ao tema...” Vamos aguardar...

Tobias Kogan encaminhou um e-mail: “Meu pai nasceu na Rússia e minha mãe na Polonia. Eu nasci aqui mesmo. Em Piracicaba eu não conheci a sinagoga. Lembro que fomos para Limeira na reza do Yom Kipur. Vou dar uma olhada nas minhas coisas, e provavelmente devo ter algumas fotos de Jacareí. Com relação a Piracicaba, vou te dar o telefone do filho do Jaime Rosenthal, chama-se Marcelo, é advogado. Talvez ele possa te ajudar. Pode falar no meu nome.  Aguarde um pouco que voltaremos a nos falar. Parabéns pelo seu trabalho. Um abraço e fica com D´us. Eu tive parentes em Jacarei. Pinchas Rejtman, Jaime Rejtman e Flavio Rejtman. Infelizmente todos falecidos. Quando estudei em Piracicaba, no fim da década 1960, conheci uma família maravilhosa, os Rosenthal. O Jaime foi um querido amigo, infelizmente falecido. Seu pai tinha uma loja de móveis usados. Compramos alguns móveis pra montar nossa república. Bons tempos...”

Marcelo Brick indicou Miriam BrickMyriam Krasilchik, escrevendo: “Vocês conseguem ajudar a falar da comunidade de Piracicaba?”  Mauro Krasilchik indicou David Krasilchik, perguntando: “Você poderia falar sobre a sinagoga de Piracicaba? Eu gostaria muito de te ajudar, mas infelizmente não é possível, porque fui poucas vezes à sinagoga em Piracicaba. O meu zeide frequentou muito, mas ele é falecido, e por esse motivo indiquei o meu tio David Krasilchik para poder falar à respeito...”

Frida Gasko Spiewak contou também: “Meus avós maternos viveram em Piracicaba, minha mãe recebeu o diploma de professora na escola normal de Piracicaba. Havia uma Comunidade Judaica bastante atuante em Piracicaba, conheço algumas pessoas que moram aqui em São Paulo que inclusive nasceram em Piracicaba. Meu pai e meus avós paternos moraram em JacarezinhoPiracicaba há um livro escrito pelo Salomão Becker sobre Piracicaba onde encontra-se o nome do meu avô...” Você teria o livro sobre Piracicaba, escrito por Salomão Becker? Conhece quem o teria?

Sueli Utchitel escreveu: “Tenho acompanhado sua busca pela história no interior, e resolvi escrever. Tenho e vivi muitas histórias, e algumas se confundem com algumas outras que meus parentes andaram escrevendo. Como são muitas variações, vou escrever um texto no word e depois anexo para você. Só para adiantar, minhas histórias têm a ver com o que Lisete Barlach escreveu, e, também, sobre o que Josef Rewin escreveu. Nasci em Barretos, e hoje moro em Campinas. Tenho parentes em Piracicaba (que vou colocar você em contato). Também vou procurar fotos antigas.” Assim que Sueli compartilhar o texto, divulgarei neste Blog...

Nadia Perlov contou que a mãe e a avó moraram em Franca.  Leo Palansc também comentou: “Morei em Franca por 15 anos.. Eu morei em Franca de 1990 até 2011. A história judaica em Franca começou nos anos 1930. Não havia sinagoga, mas no cemitério, que era no centro da cidade, havia um espaço para os judeus serem enterrados... vamos conversar, assim eu explico a você como era na região...Conversei com Leo, e compartilharei mais detalhes nos próximos posts.

O mapa que aqui compartilho, de Domínio Público, refere-se ao mapa da Província de São Paulo, organizado pelo Escritório técnico da Companhia Mogiana, criação de 1800- 1889, Ministério da Viação e Obras Públicas, site https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_Mogiana_de_Estradas_de_Ferro . A Companhia Mogiana das estradas de Ferro alcançou diversas cidades do interior paulista, incluindo Campinas, Jaguariuna, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Socorro, Amparo, Espírito Santo do Pinhal, Batatais, Casa Branca, Franca, Ribeirão Preto, Poços, de Caldas, Atibaia, Vale do Paraíba. A história desta companhia começa com a concessão para a construção da ferrovia, ocorrida nos termos da lei provincial número 18, de 21 de março de 1872As obras de construção da ferrovia iniciaram-se em 2 de dezembro de 1872, antes de ser assinado o contrato com o Governo Provincial, em 19 de junho de 1873. A Mogiana teve quase dois mil quilômetros de linhas, servindo aos Estados de São Paulo e Minas Gerais até 1971, quando foi incorporada à Fepasa. 

Você teria mais informações sobre as famílias da comunidade judaica que moraram em São Carlos, Jaboticabal, Novo Horizonte, Itu, Jacareí, Guaratinguetá, Tatuí, Bebedouro, Barretos, Cafelândia, Andradina, Piracicaba, Franca? E sobre as sinagogas de algumas destas cidades? Possui fotos, documentos, histórias e memórias a compartilhar? Escreva para myrirs@hotmail.com e compartilhe!!


segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A doação do Sefer Tora para a comunidade judaica de São Carlos

Na revista “Fisesp Comunicação”, edição 100 de setembro de 2001podemos ler o artigo “Comunidade de São Carlos recebe Sefer Tora”, onde “Graças ao empenho da Federação, através do Departamento de Pequenas Comunidades, chefiada por Beris Ber, a comunidade judaica de São Carlos, presidida por Júlio Zukerman, teve recentemente a grande alegria de receber a doação de um Sefer Tora, proveniente da Congregação Beneficente Sefaradi Paulista. O processo que levou à doação foi intermediado por Morris Dayan e família...A cerimônia religiosa de Hachnassat Sefer Tora e as akafot foram realizadas pelo Rabino Abraham Zajac, da sinagoga do Centro Israelita de Pinheiros...” Este evento, que ocorreu em um domingo, contou com a presença do prefeito na época, sr. Newton Lima Neto, da comunidade judaica local, da delegação das comunidades de São Paulo e Ribeirão Preto, de Mauro Mandel, assessor do Departamento de Pequenas Comunidades e de Alberto Milkewitz, o diretor institucional na ocasião.

Salomon Mizrahi, em um email e também no blog, no dia 09 de setembro de 2020, deixou um comentário sobre a postagem "São Carlos e a comunidade judaica da cidade": Em 1998, foi reconstituída a comunidade judaica de São Carlos, com Júlio Zukerman, Ignez Caraceli e Salomon S. Mzrahi!
Tenho muitas fotos, filmes e reportagens nos jornais da cidade. Recepcionamos o consul de Israel, no teatro municipal apresentou-se o grupo de dança israelí Hakotzrim da Hebraica, recebemos um Sêfer Torá doado pela sinagoga Beit Yaacov. Mantínhamos Cabalat Shabat toda sexta-feira na sinagoga, e comemorávamos as festas judaicos incluindo os Yamim Noraim!”

Você teria alguma informação a respeito da comunidade judaica de São Carlos? E de Franca, Catanduva, Piracicaba, e demais cidades do interior paulista? Escreva para mim... myrirs@hotmail.com

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

São Carlos e a comunidade judaica da cidade

Vista da Estação e o Bonde em 1918 - Estação da Cia. Paulista
Fotos Históricas de São Carlos - Autor desconhecido

A busca por mais detalhes sobre a comunidade judaica de Jundiaí permanece, assim como pelas demais cidades do interior paulista e da capital. 

Em relação à cidade de São Carlos, de acordo com o site da Prefeitura, “a região começou a ser povoada no final do século XVIII, com a abertura de uma trilha que levava às minas de ouro de Cuiabá e Goiás”. Em 1831 ocorre a demarcação da Sesmaria do Pinhal, e a fundação em 4 de novembro de 1857Em 1865, foi elevada à vila, e em 1880, passa de vila a cidade. Entre 1831 e 1857 são formadas as fazendas de café, a primeira atividade econômica de maior expressão em São Carlos, que tem seu desenvolvimento no contexto da expansão da lavoura cafeeira. O cultivo de café chega à Fazenda Pinhal em 1840.  A chegada da ferrovia em 1884 proporcionou o sistema necessário para escoar a produção para o porto de Santos, como já descrito em postagem anterior. Nas últimas décadas do século XIX tem início a imigração. Sergio Silva, em seu livro “Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil” (São Paulo, Ed. Alfa-Omega, 1976), também enfatiza que os imigrantes que chegavam a São Paulo, estabeleciam-se nas fazendas de café, substituindo a mão-de-obra escrava, como assalariados. Devido às condições encontradas muitos abandonaram as plantações, procurando melhores condições nas cidades próximas.

No site da Prefeitura também podemos ler que o período das décadas de 1930 e 1940, consolida a indústria como a principal atividade econômica de São Carlos, “que chega à década de 1950 como centro manufatureiro diferenciado, com relevante expressão industrial”.

Em relação à comunidade judaica de São Carlos, algumas pessoas já deixaram comentários no Facebook. Por exemplo, Luiz Fernando Chimanovitch comentou: “Meus avos moraram em São Carlos até 1962. Não tenho informações sobre a comunidade, além da carteirinha de sócio do meu avô, do clube Bela Vista, o qual o símbolo era uma Magen David. Eu vou procurar isso e te mandar, e perguntar à minha mãe se ela lembra de qualquer coisa...” Esther Salo Chimanovitch também escreveu: “Eu nasci em São Carlos”. Já Haroldo Petlik relatou sua história, como anteriormente divulgado: “Eu cheguei em Araraquara em 1974...eu sei que tem uma pequena sinagoga em São Carlos, que fica a 45 km daqui”. Conversei também com dr. Israel Flank, em 15 de julho de 2020, que contou que o pai, sr. Mauricio Flank, chegou ao Brasil, no Rio de Janeiro, em 1925, proveniente da Galícia. Mudou-se mais tarde para São Paulo, trabalhou em São Carlos, e, em cidades como Pinhal, trabalhou com klientelchik. Comentou que na cidade de Araraquara não havia sinagoga. Como estavam próximos de São Carlos(40km), reuniam-se, para comemorar as Grandes Festas, uma vez em cada cidade, a estrada, de terra batida, tornava a viagem difícil...

Ana Szutan contou, também pelo Facebook, que a mãe e família moraram em São Carlos: “Eu tenho fotos da família, meu tio morou lá até 1956 e uma prima da minha mãe, que inclusive o pai foi um dos primeiros judeus de lá...” vamos voltar a conversar...

Weder Teixeira comentou que Ribeirão Preto, junto com São Carlos, passaram a ter comunidades atuantes a partir de 2000...

Conversei com Marta Maite Sevillano tanto pelo Facebook, quanto por Whatsapp. Marta contou: “Minha família materna se estabeleceu em São Carlos entre 1936 até 1958. Minha mãe estudou na escola de freiras sacramentinas, que tem até hoje. Na época o outro judeu da cidade era o sr. Joseph Catz que tinha um Ford bigode 1929. Eles se reuniam em casa para as celebrações judaicas, tanto que quando minha família se mudou para São Paulo, ele continuava a vir em casa para Pessach e Rosh Hashana. Tenho boas memórias de criança com ele. O sobrenome da minha família é Metelica. Não havia sinagoga na época, quando vinham a São Paulo, frequentavam a do Bom Retiro. Minha família veio de Bialistok, mais precisamente de uma cidade pequena próxima, Vachlikov. Tem muita história já que meu avô veio antes da minha avó e meu tio. Minha família iniciou êxodo depois da revolução de 1917. Do meu avô, cinco irmãos: Brasil, Israel, Argentina, EUA e o quinto foi enforcado na frente da casa na Rússia. Preciso procurar as fotos, minha avó ficava triste quando via, então acho que só perguntei dos parentes uma ou duas vezes. Temos fotos de meus bisavos no campo de concentração, e isso arrasava a minha avó, tanto que em casa sempre foi proibido falar russo e ela se tornou apátrida, não se naturalizou... Quando fiz inventário da minha mãe, fui ao Consulado Russo, consideraram meu avô um herói do exército branco. Meu avô lutou a favor do czar. Os nomes de meus avós: Abraham Metelica e Bejla Rochla Metelica. Foi muito abrasileirado, meu avô ficou na hospedaria dos imigrantes quando chegou. Ele veio sozinho, e foi para Curitiba, minha avó e meu tio vieram depois e foram para lá, então vieram pra São Paulo, onde minha mãe nasceu em 1935. Em 1936, foram para São Carlos e retornaram quando meu avô ficou doente, e minha mãe entrou na faculdade. Escolha de São Carlos pode ter sido por causa do amigo Jose, moveleiro, ou porque se aproximava mais ao estilo de vida da Europa, cidades menores. Meu avô se tornou alfaiate e minha avó vendia as roupas. Aqui tinham três amigos da cidade: Elias, a esposa e a dona Feiga. Lembro-me com carinho da dona Feiga, muito sofrida, só ela se salvou na guerra, as filhas foram mortas, lembro de um olhar triste. Dessas coincidências, está enterrada no túmulo em frente ao meu tio... Meus avós tentaram trazer as irmãs da minha avó, só uma conseguiu a liberação do governo, se casou aqui e foi morar em Sorocaba. Tia Riwa Beer, casada com o tio Chaim Beer. Eles moraram em Sorocaba acredito que década de 1930/ 40. Minha mãe dizia que a tia trouxe da Inglaterra sapatinhos, então deve ter sido por aí. Os dois já faleceram há muitos anos, não conheço bem essa história. De descendente, há o Bernardo, filho único. Sei que a esposa dele faleceu, mas depois que meus tios faleceram, perdemos o contato, ele se separou e foi se isolar no interior. Se eu encontrar as fotos no interior eu te aviso...”

Você ou sua família fez parte da comunidade judaica de São Carlos, de Jundiaí, Rio Claro, Limeira, Piracicaba, Sorocaba, Baurú, Marília, Franca, Barretos, Botucatu, ou de tantas outras do interior paulista? Escreva para myrirs@hotmail.com e compartilhe a sua história...

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Jundiaí e comunidade judaica

Fazenda cafeeira Mont Serrat - Itupeva
Foto Myriam R. Szwarcbart

No livro de Anna Gedankien, “Coragem, trabalho e fé - a história da comunidade judaica na região do ABC paulista” (abril, 2019), a autora relaciona a importância das estradas de ferro não somente “no levar e trazer cargas”, mas, também, no estabelecimento dos imigrantes no território brasileiro. No caso paulista a importância destas estradas ia além do escoamento do café e de outros produtos, desempenhando papel fundamental na recepção e fixação da mão-de-obra nas áreas em expansão e na ocupação de novas regiões. 


Através da construção e inauguração da Estrada de Ferro São Paulo Railway Company, em 1867 (após 1946, passa a ser denominada Estrada de Ferro Santos-Jundiaí), a ligação do porto às áreas produtoras de café no interior de São Paulo tornou-se menos demorada e mais eficiente. Particularmente, na cidade de São Paulo e seu entorno, como já descrito em publicações anteriores, o imigrante estabeleceu-se, principalmente, ao logo das estações criadas, como Santo André, Brás, Mooca, Luz...

 

Fazenda cafeeira Mont Serrat - Itupeva
Foto Myriam R. Szwarcbart

O artigo “O bairro da Luz: das origens aos tempos atuais”, de José Geraldo Simões Junior e Roberto Righi, no Livro “Um Século de Luz”(São Paulo: Ed.Scipione, 2001- Coleção Mosaico: ensaios e documentos, vários autores) apresenta a mesma questão: em meados do século XIX a cultura cafeeira atinge o interior paulista, passando por Jundiaí e Campinas, ficando condicionada às limitações de transporte existente, realizado por tropas de mulas. Era necessário modernizar a maneira de escoar a produção, encontrando-se a solução com a construção de estradas de ferro. A primeira uniu o porto de Santos à cidade de Jundiaí, então centro da produção cafeeira do interior paulista. Jundiaí, Itupeva e cidades do entorno, com suas fazendas e café, puderam se desenvolver. (Nas fotos, alguns detalhes de uma destas fazendas, a Mont Serrat). A partir desta época, novas companhias foram organizadas: Sorocabana, Ituana, Mogiana, Bragantina. A Paulista, por exemplo, foi organizada pelos fazendeiros de café das regiões de Campinas, Rio Claro, Limeira, Araras, como cita Sergio Silva em seu livro “Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil” (São Paulo, Ed. Alfa-Omega, 1976).

 

A Confederação Israelita do Brasil, Conib, registra que “...no interior do Estado de São Paulo, comunidades judaicas foram estabelecidas em várias cidades: Santos, São Caetano, Santo André, São José dos Campos, Mogi das Cruzes, Sorocaba, Jundiaí, Campinas, Ribeirão Preto, Franca, especialmente em torno do comércio no eixo das ferrovias que serviam à economia do café. Em dezenas de outras cidades, existiram núcleos formados por algumas pequenas famílias...” Como cita sra. Anna Gedankien, a vida era mais barata e carecia de comércio, permitindo que imigrantes se estabelecem como clientelchiks (“mascates”) vendendo diversos produtos, (também trabalharam nas lavouras dos Núcleos Coloniais - imigração russa -1905), e estando presentes em mais de 35 municípios paulistas.

Relacionada a uma destas cidades do interior paulista, e dando continuidade à busca de informações das comunidades judaicas e sinagogas que ali se estabeleceram, em 12 de junho de 2020, Sheila Zilberman Bulis Strausas escreveu um comentário, tanto neste blog como por e-mail. Sheila contou que os avós fizeram parte da fundação da sinagoga de Jundiaí: “Infelizmente, a comunidade foi-se mudando, outros falecendo e, finalmente, a sinagoga foi fechada. As Torot foram doadas à sinagoga da Penha. Sou descendente da família Zilberman (materna) e da família Bulis (paterna). Infelizmente meus pais, que se casaram na sinagoga de Jundiaí, já faleceram e não sei maiores informações...Infelizmente, com o falecimento recente de minha mãe, acabamos de nos desfazer de uma série de fotos e documentos. Mas talvez um de meus irmãos tenha guardado algo. Complementando, lembro-me da família Conchester, pois eram sócios de meu avô e pai de uma loja "Lojas Carioca".

Naftuli Levin, ao conversarmos, também lembrou da existência da comunidade judaica de Jundiaí, além de Itupeva, Indaiatuba, Itu...

De acordo com o Censo do IBGE, em 2010, 108 pessoas declararam-se como sendo de religião judaica em Jundiaí, como nos informa o site Wikipédia, sobre a cidade.

Em meados do século XX, o Kibuiz-Hachshará Ein Dorot (centro de treinamento agrícola), uma fazenda em que os membros do “movimento kibutziano” ficavam por um período, ganhando experiência agrícola antes de fazerem Aliá, esteve localizado perto de Jundiaí. Alguém saberia dizer se mantinham contato com a comunidade judaica da cidade?

Você ou sua família fez parte, ou teria mais detalhes, sobre a comunidade judaica de Jundiaí??? Saberia informar onde se localizava a sinagoga? Teria fotos, documentos, memórias a compartilhar? Famílias Zilberman, Bulis, Liberman, Koiffman, Garovitz fizeram parte da comunidade judaica da cidade? Escreva para mim... myrirs@hotmail.com