Como já
relatado, em 1924 foi criada a Comunidade Israelita Sefaradi de São Paulo
formada por um grupo composto por Jacob Zion, Gabriel Cattan, Victor Sidi e
Amadeu Toledano, e a família Hasson... Inicialmente, os serviços religiosos ocorriam
em salas da rua Barão de Itapetininga. A definição do local, na busca de um
terreno para se construir a primeira sinagoga desta comunidade, foi feita
considerando-se a proximidade ao local de trabalho desta, ou seja, o centro
comercial da cidade. A escolha da Rua Abolição possibilitou que, antes e após o
horário de trabalho, os frequentadores estivessem presentes para Shacharit e
Arvit na sinagoga. A Sinagoga da Abolição, como ainda hoje é conhecida, foi construída
e reconstruída...porém manteve a disposição interna, dos seus bancos, Bima, e
Aron Hakodesh em todas as fases pela qual passou. A iniciativa da construção do
primeiro edifício da sinagoga ocorreu por iniciativa de Amadeu Toledano, Samuel
Salém, José Couriel, Victor Sidi, Jacob Sion, Gabriel Cattan, tendo como
presidente sr. Leon Levy. Sr. Alexandre Algranti era o presidente interino, no
momento do lançamento da “pedra fundamental” desta sinagoga, que foi inaugurada em 9 de junho de 1929. Com um recuo
ajardinado à frente, escadas laterais uniam-se à entrada da sinagoga, realizada
através de uma porta dupla, com arco na sua parte superior. Na fachada, ao
alto, um vitrô circular com uma Maguen David, e tres vitrôs verticais nas
laterais. A ala masculina situava-se no primeiro piso. Os bancos, em madeira, neste
piso, diferentemente das sinagogas ashkenazim já descritas, seguiam o modelo de
sinagogas sefaradim: eram voltados para o corredor central da sinagoga, três
fileiras de cada lado. A ala feminina localizava-se no piso superior, de onde
era possível acompanhar as rezas. Na lateral da sinagoga, um amplo espaço,
local em que as crianças divertiam-se ao irem à sinagoga, e onde era possível realizar
reuniões. As festas e comemorações, assim como demais atividades aconteciam em
um amplo salão, no interior da sinagoga...
Na Chupá da Sinagoga da Abolição Pais de Jeanne Carmona Fiss |
Em
relação à esta época, Jeanne Carmona Fiss entrou em contato
pelo Guisheft Anúncios, no Facebook. E escreveu: “Um dos meus tios-avós,
Moises Carmona foi o fundador desta sinagoga, e por muitos anos fomos
frequentadores em todos Yom Kipur, principalmente! Meu pai Salomão Carmona (Shelô) e seus irmãos,
Eliezer e Leon faziam questão de levar toda sua família! Meu pai já nasceu no Brasil, meus avós vieram da
Turquia! Lembro de tudo! Do Rabino Soucar cantando, das cadeiras
marcadas com o nome do meu pai e mãe! As cadeiras levavam os nomes de cada família, lugares
demarcados! Era tudo com madeira escura e os homens ficavam no salão em baixo e
as mulheres em cima! E em baixo na entrada ficava um quintal onde as crianças
brincavam! O prédio ficava em uma rua estreita, quando tinham as festas ficava
tudo tomado pela sinagoga!
E Jeanne compartilhou as fotos que aqui vemos "Meus pais casaram lá! A festa do casamento do meus
pais foi no salão onde parecia uma biblioteca da sinagoga, cheio de armários
com livros... Meu irmão mais velho, Marcos Carmona, e minhas primas, brincamos
muito lá! Saudades! Outros tempos!”
Festa de Casamento no salão da Sinagoga Pais de Jeanne Carmona Fiss |
Miriam Jane Carmona Grynberg também
comentou: “E como
brincamos... Íamos no prédio antigo, antes da reforma. Muita saudade. Meu pai, Leon Carmona, já nasceu aqui...vou procurar fotos
no baú...Meus avós paternos eram de Smirna...”
Nos próximos posts leiam
algumas histórias, como as contadas por Joe Diesendruck, Marta
Maite Sevillano e as que compõem o lindo livro “Lembranças da Família Douek”, que
sr. Abramo Douek e sra. Berta Kotler Douek me presentearam...
E você, lembra-se como eram os
edifícios da Sinagoga na Rua Abolição? Alguma história a contar? Possui fotos
ou documentos? Participe você também!!!
Fiz barmitzva em 18/01/1973.quinta feira. .
ResponderExcluirVou buscar fotos da cerimônia...
Thomix@terra.com.br
Que ótimo! Encaminhei um e-mail ao senhor...Aguardo as fotos!!!!! Obrigada desde já!
ExcluirMiriam, parabéns pelo brilhante trabalho!
ResponderExcluirVocê já tem dados do momento em que os judeus da Amazônia , de origem marroquina, começam a frequentar a esnoga da Abolição?
Oi Elias tudo bem? Estou verificando...E voce, teria alguma informação a respeito? Fotos, historias, documentos?
ExcluirMuito legal conhecer as famílias envolvidas na construção da sinagoga.
ResponderExcluirObrigada Miriam.