segunda-feira, 9 de abril de 2018

Informações sobre a Sinagoga da Abolição...

Rabino Jacob Mazaltov

Publiquei um post sobre a Sinagoga da Abolição, “Sinagoga da Abolição e sra. Clara Kochen”, em 01 de setembro de 2017. Naquela ocasião, havíamos visitado a sra. Clara e sr. Majer Chil Kochen. Sra. Clara havia nos mostrado o artigo “Recuerdos”, que escreveu para a Revista Nascente (jul/set’99), o artigo de Rachel Mizrachi, “Ohel Yaacov, "Primeira sinagoga sefaradi paulista”, publicado pela Revista Morashá (março’99), e fotos da Sinagoga da Abolição e do Rabino Jacob Mazaltov... E presenteou-me, naquele momento, com o livro escrito pelo Rabino Mazaltov, em 1937, “O Guia da Juventude Israelita”. Contou-nos também sobre a cerimônia “Siete Candelas”, lembrando-se da cerimonia de suas filhas, celebrada pelo Rabino Mazaltov e pelo sr. Elias Mizrahi (de Safed), que exerceu a função de shochet, e também de chazan, na Sinagoga da Rua Abolição, aonde permaneceu por 35 anos.

Rabino Jacob Mazaltov, escreve sra. Clara em “Rabino Jacob Mazaltov”, nasceu em Istambul, estudou em Alexandria, seguiu para o Rio de Janeiro, aonde casou-se com sra. Dora Hazan, partiu para exercer o rabinato em Buenos Aires, em seguida em uma sinagoga de Montevideu, sendo posteriormente chamado para trabalhar na Sinagoga da Rua Abolição, também chamada “Sinagoga de Rito Portugues”. Nesta permaneceu até 1948, aonde deu atenção especial à “juventude, sua grande preocupação e interesse”, como escreve sra. Clara. Organizou, inclusive, em 1942, o primeiro Bat-Mitzva na comunidade judaica em São Paulo.

Podemos ler à página 24 do Boletim Infirmativo n.37, do Arquivo Histórico Judaico Brasileiro que “a maioria dos sefaradis buscou regiões como o centro comercial da cidade e o bairro da Bela Vista, dispersando-se mais tarde pelos bairros da Consolação e Jardins.

Situada por muitos anos na Rua Abolição, 457, a “Comunidade Sephardim de São Paulo” ou Comunidade Israelita Sefaradi de São Paulo, também recebeu o nome de Sinagoga Israelita Brasileira Shaar Hashamaim a partir de 1958... Anat Falbel informa, em "Como cantaríamos o canto do Senhor numa terra estrangeira? - parte II”, que em 1924 foi criada a Comunidade Israelita Sefaradi de São Paulo, formada por um grupo originário de Esmirna, na Turquia... Estes, em 1492, haviam sido expulsos da Espanha...

Inicialmente os serviços religiosos eram realizados, como comenta Rachel Mizrahi em seu artigo citado acima, em salas da Rua Barão de Itapetininga. O edifício original da sinagoga, acabado em 1928 e inaugurado em 1929, foi reconstruído e aumentado com a ajuda de várias famílias, entre elas a família Safra, em 1961, devido ao fluxo de judeus sefaraditas vindos do Oriente Médio... Passou, naquele momento, a receber a denominação de Templo Israelita Brasileiro Ohel Yaacov.

Na ocasião em que publiquei o post “Sinagoga da Abolição e sra. Clara Kochen”, Patricia Golombeck, no Facebook, comentou que “um vizinho, sr. Ely Mizrahi, tinha um avô que foi rabino desta sinagoga. E quem pode passar mais detalhes são os tios e o pai da sra. Meire, prima do sr. Ely Mizrahi”. Já Thais Soltanovitch Druker sugeriu conversar sobre a sinagoga da Abolição com o Sr.Alfredo Douek (pai da Natalie Douek). Também no Facebook, no “Grupo Hebraica”, Luiza Benbassat Krausz, contou que o projeto foi feito pelo pai, arquiteto Nelson Benbassat.

Hoje em dia a sinagoga, que continua ativa, situa-se em um novo edificio à Rua Cravinhos, nos Jardins.

Você gostaria de colaborar com este post? Possui informações sobre a Sinagoga da Abolição? Fotos, documentos, memórias, histórias? Acompanhe mais informações que serão inseridas aos poucos, neste blog...

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