Rabino Jacob Mazaltov |
Publiquei um
post sobre a Sinagoga da Abolição, “Sinagoga da Abolição e sra. Clara Kochen”,
em 01 de setembro de 2017. Naquela ocasião, havíamos visitado a sra. Clara e
sr. Majer Chil Kochen. Sra. Clara havia nos mostrado o artigo “Recuerdos”, que
escreveu para a Revista Nascente (jul/set’99), o artigo de Rachel Mizrachi,
“Ohel Yaacov, "Primeira sinagoga sefaradi paulista”, publicado pela Revista
Morashá (março’99), e fotos da Sinagoga da Abolição e do Rabino Jacob
Mazaltov... E presenteou-me, naquele momento, com o livro escrito pelo Rabino
Mazaltov, em 1937, “O Guia da Juventude Israelita”. Contou-nos também sobre a
cerimônia “Siete Candelas”, lembrando-se da cerimonia de suas filhas, celebrada
pelo Rabino Mazaltov e pelo sr. Elias Mizrahi (de Safed), que exerceu a função
de shochet, e também de chazan, na Sinagoga da Rua Abolição, aonde permaneceu
por 35 anos.
Rabino Jacob
Mazaltov, escreve sra. Clara em “Rabino Jacob Mazaltov”, nasceu em Istambul,
estudou em Alexandria, seguiu para o Rio de Janeiro, aonde casou-se com sra.
Dora Hazan, partiu para exercer o rabinato em Buenos Aires, em seguida em uma
sinagoga de Montevideu, sendo posteriormente chamado para trabalhar na Sinagoga
da Rua Abolição, também chamada “Sinagoga de Rito Portugues”. Nesta permaneceu
até 1948, aonde deu atenção especial à “juventude, sua grande preocupação e
interesse”, como escreve sra. Clara. Organizou, inclusive, em 1942, o primeiro
Bat-Mitzva na comunidade judaica em São Paulo.
Podemos ler à
página 24 do Boletim Infirmativo n.37, do
Arquivo Histórico Judaico Brasileiro que “a maioria dos sefaradis buscou
regiões como o centro comercial da cidade e o bairro da Bela Vista,
dispersando-se mais tarde pelos bairros da Consolação e Jardins.
Situada por muitos anos na Rua Abolição, 457, a
“Comunidade Sephardim de São Paulo” ou Comunidade Israelita Sefaradi de São
Paulo, também recebeu o nome de Sinagoga Israelita Brasileira Shaar Hashamaim a
partir de 1958... Anat Falbel informa, em "Como
cantaríamos o canto do Senhor numa terra estrangeira? - parte II”, que em 1924
foi criada a Comunidade Israelita Sefaradi de São Paulo, formada por um grupo
originário de Esmirna, na Turquia... Estes, em 1492, haviam sido expulsos da
Espanha...
Inicialmente os serviços
religiosos eram realizados, como comenta Rachel Mizrahi em seu artigo citado
acima, em salas da Rua Barão de Itapetininga. O edifício original da sinagoga,
acabado em 1928 e inaugurado em 1929, foi reconstruído e aumentado com a ajuda
de várias famílias, entre elas a família Safra, em 1961, devido ao fluxo de
judeus sefaraditas vindos do Oriente Médio... Passou, naquele momento, a
receber a denominação de Templo Israelita Brasileiro Ohel Yaacov.
Na ocasião em
que publiquei o post “Sinagoga da Abolição e sra. Clara Kochen”, Patricia
Golombeck, no Facebook, comentou que “um vizinho, sr. Ely Mizrahi, tinha um avô
que foi rabino desta sinagoga. E quem pode passar mais detalhes são os tios e o
pai da sra. Meire, prima do sr. Ely Mizrahi”. Já Thais
Soltanovitch Druker sugeriu conversar sobre a sinagoga da Abolição com o Sr.Alfredo Douek (pai
da Natalie Douek). Também no Facebook, no “Grupo
Hebraica”, Luiza Benbassat
Krausz, contou que o projeto foi
feito pelo pai, arquiteto Nelson Benbassat.
Hoje em dia a sinagoga, que
continua ativa, situa-se em um novo edificio à Rua Cravinhos, nos Jardins.
Você gostaria de colaborar com este post?
Possui informações sobre a Sinagoga da Abolição? Fotos, documentos, memórias,
histórias? Acompanhe mais informações que serão inseridas aos poucos, neste
blog...
Essa sinagoga não foi destruída pelo Silvio Santos no terreno adjacente ao Teatro Oficina?
ResponderExcluirObrigado
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